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Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Diretor da Secretaria de Saúde esclarece dúvidas sobre as vacinas contra a Covid

Saúde

Aplicação da vacina contra a Covid-19 em puérpera.

Diante do avanço do programa de imunização, que já alcançou quase quatro milhões de paranaenses, e da oferta de imunizantes, que chegam ao Paraná conforme recebimento pelo Governo Federal, sem regra específica, o diretor da Secretaria de Estado da Saúde, Nestor Werner Júnior, esclarece as principais dúvidas sobre as vacinas contra a Covid-19 disponíveis no Paraná. Lembrando que o Estado quer imunizar todos os adultos até o fim de setembro.

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Qual a diferença entre as vacinas aplicadas no Paraná?
Cada vacina é produzida com uma tecnologia para produção de anticorpos. A CoronaVac utiliza o vírus inativado, ou seja, não possuem capacidade de replicação. O vírus é inativado por procedimentos físicos ou químicos, de modo que evite o desenvolvimento da doença, mas gera uma resposta imune. O esquema vacinal é realizado com duas doses e no Estado do Paraná tem sido orientado o intervalo de 25 dias entre elas.A AstraZeneca recorre ao vetor viral, o adenovírus, que é modificado geneticamente e codifica a produção da proteína antigênica “S” do Sars-CoV-2.

Ou seja, o vírus recombinante funciona como um transportador do material genético do vírus alvo, sendo um vetor inócuo, incapaz de causar doença. A vacinação também é realizada com duas doses, com intervalo entre elas de 12 semanas.Já a Pfizer se vale do RNA mensageiro que dá comandos ao organismo para produzir proteínas presentes no coronavírus, estimulando o sistema imune a responder. Assim como a AstraZeneca, a Pfizer precisa de duas doses para imunização completa, com intervalo de 12 semanas entre as aplicações.

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Qual vacina é mais segura e eficaz? É possível fazer distinção?
Todas as vacinas são seguras e eficazes. Independente da tecnologia utilizada, esses imunizantes foram testados, tiveram sua eficácia comprovada por meio de estudos, avaliados e reavaliados por cientistas, e são aplicados em larga escala no mundo todo. No Paraná, os primeiros estudos próprios da Secretaria de Estado da Saúde apontam que as vacinas já auxiliaram a reduzir o internamento de idosos em leitos de UTI e acabar com surtos em Instituições de Longa Permanência para Idosos. 

As pessoas podem escolher qual vacina tomar?
Não. A necessidade dos imunizantes ainda é intensa não só no Brasil, mas em diversos países e em todo o mundo. Se a pessoa se encaixa num dos grupos prioritários ou na faixa etária em atendimento no seu município, deve se vacinar. Também não é momento de aguardar a entrega de um ou outro fabricante porque a vacinação requer urgência e senso coletivo.

E se a pessoa chegar na fila e se recusar a tomar porque quer outra vacina?
A recomendação da Secretaria de Estado da Saúde é de que a pessoa não recuse, mas, caso haja insistência por outra vacina, a orientação é de seguir exemplo de alguns municípios paranaenses, como Nova Tebas, que solicita ao cidadão a assinatura de um termo de recusa.

A vacina tem efeitos colaterais?
Importante ressaltar que as vacinas são muito seguras e que cada pessoa reage de forma distinta, seja por questões genéticas ou outras variáveis. Algumas pessoas podem sentir efeitos colaterais leves, como dor no local da injeção, dores musculares ou febre, mas eles passam rapidamente. Esses efeitos colaterais são resultado da resposta do sistema imunitário à vacina. Existem casos de pessoas que não apresentam nenhuma reação adversa após tomar a mesma vacina.

Por que a vacinação começou por grupos prioritários?
O objetivo principal da vacinação, com a definição dos grupos prioritários, foi focar na redução da morbimortalidade causada pela Covid-19, bem como a manutenção do funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e a manutenção do funcionamento dos serviços essenciais.

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