Autoridades recebem projeto para construção da nova sede da Polícia Científica.

O chefe da Polícia Científica no Sudoeste do Paraná, perito Patrick Souza, e o chefe-adjunto e responsável pelo IML de Francisco Beltrão, médico Irno Azzolini, mantiveram uma audiência nesta semana com o prefeito Cleber Fontana (PSDB) e o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB).
O assunto foi a construção da nova sede da Polícia Científica em Francisco Beltrão que reuniria num único local o Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal. A ideia do projeto é levar os laboratórios para dentro da Unioeste, universidade pública da região que tem o curso de Medicina. Uma cópia do croqui da nova sede da Polícia Científica de Ponta Grossa, que servirá de modelo para Francisco Beltrão, foi apresentada às autoridades.
O prefeito Cleber indicou que fará a aquisição de um terreno e doará para o órgão e o deputado Traiano marcará uma audiência com o governador Ratinho Júnior (PSD) para apresentar o projeto. “O presidente da Assembleia gostou da ideia, porque esse prédio além de facilitar o trabalho da gente, tendo Criminalística e IML juntos, a Prefeitura para de pagar aluguel da gente e o IML sai de um prédio que é até meio improvisado, e conseguimos oferecer um serviço melhor pra sociedade”, comenta Patrick.
Para ele, a nova unidade pode se espelhar no modelo a ser construído em Ponta Grossa, orçada em R$ 11 milhões, mas aqui pode ser menor, com um custo inferior. Além disso, como Criminalística e IML atendem toda a microrregião, Patrick entende que o ganho se estende aos demais municípios, sendo importante também o engajamento dos demais prefeitos da região.
Novas unidades
As novas unidades da Polícia Científica estão sendo construídas junto com as sedes das universidades públicas estaduais. A ideia é alinhar o conhecimento da academia e o trabalho prático da Criminalística e do IML, bem como os laboratórios poderão ser multiuso. Em Francisco Beltrão, projeta-se que a nova sede poderia ser construída na Rodovia Vitório Traiano (Contorno Leste), anexo ao curso de Medicina da Unioeste. O projeto de Ponta Grossa é o mais avançado, com previsão de liberação de R$ 5 milhões neste ano e mais R$ 5 milhões no ano que vem, sendo o primeiro IML do Estado a funcionar dentro de uma universidade estadual.
Polícia Científica tem 18 unidades no Paraná
Atualmente a Polícia Científica está distribuída por todo Estado do Paraná em 18 sedes localizadas nos municípios de Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, Umuarama, Ponta Grossa, Paranaguá, Pato Branco, Campo Mourão, Ivaiporã, Paranavaí, Apucarana, Toledo, Jacarezinho, União da Vitória e Francisco Beltrão, atendendo cerca de 11 milhões de habitantes em 399 municípios.
Anualmente a Polícia Científica do Paraná realiza aproximadamente 130 mil exames periciais em todas as áreas das ciências forenses, em especial aquelas relacionadas aos crimes contra a vida, contra mulheres, contra crianças/adolescentes, idosos, acidentes de trânsito, contra o patrimônio, contra o consumidor, contra o meio ambiente, a ordem econômica, em obras de arte e outros interesses difusos.
A nova sede é composta por instalações modernas do Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal, otimizando a área comum a ser utilizada por ambas as instituições tais como alojamentos, copa, almoxarifado, sala de convivência e reuniões. O projeto prevê a instalação dos mais modernos equipamentos de perícia tais como arco em C (raio-x), flatscan (scanner de raio-x), mesas de necropsia elétricas, câmaras frias auto limpantes e tanque balístico, bem como infraestrutura preparada para as mais modernas tecnologias, como o uso de PoE (Power over Ethernet) para monitoramento de Central de Custódia.
Além das instalações próprias da Polícia Científica, a edificação apresenta ainda bloco de apoio voltado ao Ensino Acadêmico, com salas de aula padrão e outras com possível uso para a Medicina (tanques para a dissecação de cadáveres) ou Veterinária, tornando possível a formação de convênios e interações com as instituições de ensino locais.