Mesmo lesionada, a lateral direita de 18 anos foi promovida pelo Verdão. No Sudoeste, pai revela realização de sonho de infância.

Defender as cores do time do coração é um feito almejado por muitos e alcançado por poucos. Evelin Tosetto, de Coronel Vivida, conseguiu. No início do ano, ela já havia acertado com o Palmeiras para integrar o sub-18. Agora, chegou à equipe adulta. “Não imaginava que isso aconteceria tão rápido, que estaria em um dos maiores times do Brasil”, afirma a atleta de 18 anos. Mesmo com uma lesão que a deixará afastada entre seis e oito meses dos gramados, a diretoria Alviverde ainda assim decidiu promovê-la ao profissional. Resta agora controlar a ansiedade para a estreia. “A saudade de estar nos gramados é grande. É difícil assistir aos treinos e não poder estar lá junto. Minha recuperação está boa. Quero me recuperar bem pra voltar logo e estar 100% para os campeonatos”, diz.
Pai palmeirense, mãe corintiana
Evelin é filha de Suzana e Evandro Tosetto (supervisor do Coronel Futsal). Ele é palmeirense e viu o seu sonho de criança ser realizado pela menina. “Não existe orgulho maior para um pai do que ver uma filha chegar tão longe. Acho que ela nem imaginava que isso seria tão rápido. Lembro que na Chape ela me perguntava: ‘pai, será que um dia vou jogar no Palmeiras?’.Ela realizou o sonho dela e o meu, pois quando era pequeno, sonhava em jogar lá”.
A mãe de Evelin é corintiana. Em 2019, a garota chegou ao Timão após despontar na base da Chapecoense. Para Suzana, outra apaixonada pelo futebol, o sentimento é de satisfação após o esforço de anos. “Toda a mãe deseja ter a filha por perto. E a Evelin desde os 14 anos está fora de casa jogando futebol. Hoje estou satisfeita, pois mesmo com a distância ela se tornou uma mulher madura e responsável, e que já venceu na vida”.
O casal Tosetto tem outro filho, Luan. Entretanto, Evandro relata que, desde cedo, percebeu que era a filha quem teria sucesso no esporte. “Aos seis anos, ela brincava com a bola e já era diferenciada. Ela começou a participar das escolinhas. Em Honório Serpa, na falta de time feminino, treinava com os meninos e se destacava ainda mais. O professor dizia que os garotos deveriam se espelhar nela”, recorda.
Quando Evelin foi operada, por conta da lesão, foi Suzana quem foi a São Paulo. “Só vi jogo do Palmeiras em Chapecó. No dia da cirurgia tinha jogo do Coronel. Não pude ir”. Evandro ainda não conhece a estrutura do clube do coração e agora é também o local de trabalho da filha, mas acredita que oportunidades não faltarão. “Pretendo viajar para lá, quero ver um jogo dela o mais breve possível”.