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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Do pedido à operação, poços começam a jorrar água em menos de uma semana

O trabalho de projetos, liberações e perfuração da Eletribel garante abastecimento rápido às propriedades rurais.

Luciano Kohl, da Eletribel: perfurações têm, em média, de 120 a 180 metros de profundidade.

O período de seca fez crescer a procura para perfuração de poços artesianos, mas, mesmo com a grande demanda, empresas estão conseguindo atender produtores rurais de forma rápida. Aliás, a agilidade é um dos diferenciais da implantação de poços, se comparados a outros meios para a obtenção de água, mais caros e demorados.

“O passo inicial seria a contratação do poço, aí fazemos um requerimento de anuência prévia, que autoriza a perfuração, e hoje, sendo digital, libera em dois a três dias. Após isso, vamos para a perfuração do poço, que leva de um a dois dias, dependendo da profundidade, temos equipamentos de ponta, que têm um bom rendimento, e em um dia a gente consegue fazer a instalação. Então, no tempo corrido, em três, quatro dias você tem um poço funcionando. Nada chega perto dessa velocidade”, comenta o empresário Luciano Kohl, da Eletribel. A empresa beltronense é especializada neste tipo de serviço.

Para determinar a localização do poço, a equipe faz a chamada alocação geológica. Luciano explica que na região os poços variam de profundidade e vazão, mesmo estando próximos, porque a água está acumulada em camadas irregulares e é preciso encontrar a fratura geológica. Apesar das diferenças entre os poços, ela comenta que as perfurações na região têm uma média de 120 a 180 metros de profundidade e garantem vazões médias de 2 a 5 mil litros por hora. Mas há exceções, como poços que chegam a 50 mil litros/hora.

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A quantidade de água que um poço disponibiliza é importante para que esteja adequada à necessidade do produtor rural. Atividades como a produção de aves, suínos e bovinos demandam milhares de litros ao dia e, mesmo que a propriedade seja servida por fonte, corre o risco de ficar desabastecida em períodos de estiagem mais severa, como agora. “Às vezes o cliente tem uma fonte muito boa na propriedade, mas como é uma água superficial, num longo período sem chover, ele não tem reposição e acaba diminuindo a produção e até secando. O que muita gente faz é um poço de reserva, pois quando vem a estiagem e seca a água, ela não avisa, vai baixando a produção e, às vezes, de um dia pro outro já não consegue atender a sua demanda”, pontua Luciano.

A Eletribel já precisou fazer poços em situação emergencial. Um dos casos foi em uma propriedade avícola, onde a perfuração foi feita em três dias e, neste período, o aviário precisou ser abastecido por caminhão pipa.

Dentro das normas: menos manutenção e sem risco ambiental
O poço é considerado uma obra de construção civil, por isso tem normas específicas para o projeto, construção, instalação e a regularização junto ao órgão ambiental. Depois de instalado, é preciso requerer a outorga de uso, liberada dentro do volume de água consumido. O cumprimento das etapas burocráticas é importante para garantir a qualidade da água: no aquífero a água é pré-histórica e a abertura pode permitir a entrada de água superficial e contaminar a camada subterrânea.

Além do cumprimento das normas e elaboração dos projetos, Luciano recomenda que os produtores se atentem também ao profissionalismo das empresas que trabalham neste tipo de serviço. “Percebemos alguns poços construídos de forma inadequada, o que aumenta o risco de contaminação e os custos de manutenção. É comum ocorrer desmoronamento de poço, aprisionamento de bomba, dimensionamento de bombas fora da curva de trabalho, material fora de bitola, fora de norma… De repente, a substituição de componentes fica recorrente e a pessoa não sabe mais o que fazer, aí contrata outra empresa e vai verificar que aquilo tá fora de especificação.”

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