Paratleta de salto em altura fica na cidade de Hamamatsu até o dia 19. Ele torce para que o time do Brasil consiga terminar entre os dez primeiros do certame

Flávio Reitz no Japão. O paratleta beltronense de salto em altura chegou a Tóquio às 19h (horário local, 7h no Brasil) de domingo, 8. Dia 24 de agosto, terça-feira, ele acompanha a cerimônia dos Jogos Paralímpicos e, no dia seguinte, inicia as disputas.
Depois de mais de um dia voando, ao desembarcar no Japão, Flávio seguiu em viagem: de ônibus, foram mais cinco horas até Hamamatsu. Até o dia 19, uma quinta-feira, será nesta cidade onde ele e a equipe se hospedarão. Depois, voltam à capital japonesa e ficam na Vila Paralímpica até o fim da competição.
Perspectivas
Nas Olimpíadas, o Brasil superou as expectativas. Após a 13ª colocação geral e 19 medalhas alcançadas em 2016, no Rio de Janeiro, o time conquistou o 12º lugar, com 21 medalhas. E se há cinco anos os paratletas brasileiros terminaram o certame em 8º, Flávio Reitz crê novamente em bom desempenho. “Percebi nos Jogos Olímpicos que, por conta das consequências da pandemia, alguns atletas não renderam tanto como poderiam e esse efeito deve se repetir com as Paralimpíadas. Acredito que ficaremos entre os dez primeiros, no mínimo”.
A rotina
Em Hamatsu, Flávio segue um protocolo rígido de prevenção à Covid-19. Ele e os companheiros de viagem – o paratleta Paulo Guerra e o técnico Sidney Reinhold – ficam no alojamento, não podem ir às ruas, nem ter contato com a população japonesa. Os treinamentos começaram terça-feira, 10. Até o dia 25, a preparação será intercalada com horas de lazer, embora a rotina não seja a almejada nos anos anteriores. “Eu pensava em vir a Tóquio e conhecer a cidade, a cultura japonesa, mas a realidade não permite isso. Então vou aproveitar para conversar com os colegas da delegação, usar as redes sociais de forma moderada, assistir séries e ler alguma biografia de esportes.”
Ansiedade
Conforme o início das disputas se aproxima, um dos desafios de Flávio é controlar a ansiedade. “Por eu ter participado de duas edições dos jogos, eu acredito que sei dosar bem isso. Neste ano, acho até que a ansiedade foi maior antes da viagem.” O momento, de acordo com ele, serve para ficar em alerta e ainda mais preparado.