8.2 C
Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Bento Castanha, um dos fundadores do Clube União, completou 100 anos

Geral

O radialista Hélio Alves, da Rádio Ampere, com Bento Castanha, de Realeza. Bento foi entrevistado por Hélio para o programa Papo na Varanda, da Rádio Ampere.

Bento Castanha é um dos pioneiros de Renascença, e também um dos fundadores do Clube União, de Francisco Beltrão. Foi ele quem fez as primeiras traves do campo no Estádio Anilado. Ele também jogou pelo clube e foi apelidado de Bentinho por amigos que reconheciam seu talento com a bola, tanto na agilidade quanto na facilidade em driblar. Hoje, Bento mora em Realeza e completou 100 anos, segunda-feira, 30 de agosto de 2021.

Bento nasceu em São José dos Ausentes (RS), em 1921. É filho de José da Silva Castanha e Maria Policastro Castanha e teve 17 irmãos. Ainda na infância, sua família precisou fugir para Bom Retiro (hoje Urubici), Santa Catarina, por causa de uma revolta. Seu pai, José, não quis se envolver, e precisou ser cauteloso para retirar a família da região.

O professor Evaristo Castanha, irmão de Bento, de Francisco Beltrão, relata que um grupo de revoltosos cercou o comboio da família quando eles estavam saindo. “Eles disseram: ‘O José vai ficar com nós, e vocês podem ir’. Só que o pai tinha muita devoção numa oração chamada ‘Deus Adiante’. Logo que ele começou a oração eles foram saindo e ficaram sem saber o que fazer.”

- Publicidade -

Em Santa Catarina, Bento ajudava seu pai na lavoura e também em viagens, levando charque e pinhão para outros centros maiores. Ele também trabalhou com marcenaria junto de seu irmão João Maria. Mudou-se para Santana (atual Renascença) em 1948, um ano após sua família. No ano anterior, Bento havia se casado com Lorena, com quem teve 14 filhos.

No Paraná, Bento trabalhou como agricultor, carpinteiro, marceneiro, pintor e motorista do seu caminhão. Como marceneiro, trabalhou ao lado do Frei Deodato, na década de 1950. Frei Deodato, o primeiro sacerdote a se estabelecer em Vila Marrecas/Francisco Beltrão, sempre ia ao local para fazer coisas para as capelas. Ele também foi um dos fundadores da capela no quilometro 53, entre Francisco Beltrão e Ampere, e anotou em um caderno todos os detalhes sobre a construção. Quando a capela comemorou 50 anos, as anotações de Bento foram lidas como registro histórico da fundação.

Bento reside em Realeza desde 1964. Sábado, dia 28, num clube social de Realeza aconteceu a festa do centenário de Bento Castanha. Compareceram os filhos, genros, noras, netos, bisnetos e tataranetos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques