Policiais

Desde o ano de 2018 até agora, ao menos 11 veículos, de acordo com levantamento feito pela reportagem do site PP News (ppnewsfb.com.br), caíram no leito do Rio Lonqueador, em Francisco Beltrão.
Somente nesse ano, até 15 de setembro, foram três ocorrências de automóveis e uma de um pedestre, que se acidentaram e foram parar dentro do rio. De acordo com o engenheiro civil Vinícius Perin, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Sudoeste do Paraná (Sudenge) existem algumas medidas que podem ser tomadas para evitar que esse tipo de sinistro continue acontecendo ao longo do leito do rio, que corta boa parte das ruas centrais de Francisco Beltrão, com muitos cruzamentos.
“Uma das soluções seria um guard rail (estrutura de metal), assim como os que existem ao longo do prolongamento da avenida Júlio Assis, que ajudaria na proteção em caso de impacto dos veículos e também evitaria a queda de pessoas. Outra, seria a sinalização vertical e horizontal para que os motoristas reduzam a velocidade. Por fim, a instalação de semáforos, para ordenar melhor o trânsito e evitar que os acidentes aconteçam.” Um dos locais mais movimentados e em que mais são registrados esse tipo de ocorrência, de acordo com Vinícius, é no cruzamento entre as ruas Guanabara e Santo Fregonese. “Nos cruzamentos com grande fluxo, os semáforos evitam os abalroamentos e também que os veículos sejam arremessados para o leito do rio.”
Sem registros oficiais
Carla Rotta, é agente de trânsito e membro da Comissão Intersetorial de Prevenção de Acidentes e Segurança no Trânsito, do Departamento Beltronense de Trânsito (Debetran). Segundo ela, o órgão se baseia nos levantamentos de ocorrências feitos pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar, que atendem aos acidentes e que não há como precisar a quantidade de acidentes que acontecem em que os veículos caem no leito do rio.
“Por meio da comissão municipal, fazemos a tabulação e a unificação dos dados referentes às ocorrências. Temos o local da ocorrência apenas pelo endereço, com número e ponto de referência, mas nunca citando o Rio Lonqueador.”
Prevenção dos acidentes
Quanto à instalação de proteções e/ou obstáculos para impedir as quedas no leito do Rio Lonqueador, Carla Rotta afirma que o Debetran está fazendo uma análise, juntamente com uma equipe da Secretaria Municipal de Viação e Obras, sobre quais são as melhores opções. “Temos dois projetos que estão em estudo juntamente com a Secretaria, que contemplam arborização e muretas de proteção. Apesar disso, sempre lembramos que os motoristas devem ter responsabilidade para evitar os acidentes.”
Como não há informações oficiais por parte do Debetran sobre os sinistros em que os veículos caem no leito do Rio Lonqueador, o número de ocorrências deste tipo pode ser ainda maior do que o levantado pela reportagem do site PP News. (*Com informações do repórter Gil Veigas, da Rádio Educadora).