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Francisco Beltrão
terça-feira, 17 de junho de 2025

Edição 8.227

17/06/2025

Comitê de Solidariedade organiza sete hortas comunitárias em Beltrão e região

Geral

Horta Comunitária Escolar em Eneas Marques, que faz parte do projeto Enraizar.

As hortas comunitárias têm como objetivo produzir alimentos e doá-los às famílias que precisam. De acordo com Ricardo Callegari e Marina Sória, coordenadores do projeto, além de produzir comida, há outros objetivos, como a sociabilização que ocorre numa horta. “As pessoas dialogam, se conhecem. Isto tudo passou a ser um dos objetivos das hortas também: criar um espaço acolhedor para todas e todos participarem e se sentirem bem”, diz Ricardo.

As áreas onde as hortas são cultivadas vão desde áreas públicas (como a das escolas do Assentamento Missões e de Eneas Marques) até terrenos doados para este fim. Hoje são sete hortas, sendo três comunitárias escolares: Francisco Beltrão, Capanema e Eneas Marques; duas comunitárias urbanas: Francisco Beltrão e Renascença; duas comunitárias rurais: Renascença e Planalto. Confira a entrevista.

JdeB – Como funcionam?
Ricardo Calegari: As hortas comunitárias fazem parte de um projeto chamado Enraizar, desenvolvido pelo Comitê de Resistência e Solidariedade. Este Comitê, que reúne pessoas de diferentes associações, coletivos, movimentos sociais e ONGs, foi organizado para arrecadar fundos e doações para aquisição de cestas básicas que seriam entregues para famílias em situação de vulnerabilidade social aqui na região. Desde o início da pandemia de Covid-19 já foram entregues aproximadamente 18 toneladas de alimentos e ainda produtos de higiene e limpeza. A aquisição é feita, prioritariamente, de cooperativas de agricultores familiares e mercados de pequeno porte dos municípios. Após algumas ações de solidariedade, avaliamos que era necessário aumentarmos os vínculos com as comunidades atendidas e outras mais. Observamos algumas experiências de hortas na região e então decidimos que trilharíamos este caminho aqui também. E que a produção seria doada para ações de solidariedade.

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Quem são os beneficiados?
Iniciamos com a primeira horta no Assentamento Missões, num espaço cedido pelo Colégio Estadual Paulo Freire. Lá demos o nome de Horta Comunitária Ademir Dalazem, liderança da comunidade que faleceu há alguns anos. Colocamos a tela para cercar o espaço e evitar que animais entrassem, depois fizemos os canteiros, colocamos a irrigação e fizemos o plantio de 500 pés de verduras. São sete hortas comunitárias construídas ou em construção.

Quem ensina a fazer?
Recorremos aos amigos agrônomos, como a Janete Fabro, do Sítio Oásis Ecológico; os agrônomos do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia de Verê, com a mediação da Talita; o agrônomo Antônio, do IFPR de Capanema. Na horta comunitária Ademir Dalazem há muita ajuda por parte dos agricultores e dos funcionários da escola. Para as hortas acontecerem é fundamental o trabalho dos voluntários, tanto na doação dos instrumentos e insumos quanto pela efetiva construção das hortas

Como as pessoas podem contribuir?
Com R$ 1,00 doado, conseguimos comprar cerca de dez mudas. Com uma cartela de sementes, que custa R$ 2,50, conseguimos fazer 200 mudas. As pessoas podem doar arames, telas usadas. Há diversas formas de ajudar. Temos a página Comitê de Resistência e Solidariedade no Facebook e no Instagram @resistenciasolidariedadefb.

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