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A 29ª Cavalgada da Integração terminou no fim da manhã de ontem, na comunidade de Nova Concórdia, interior de Francisco Beltrão. Depois de quase uma semana de cavalgada, os 24 cavaleiros e a equipe de apoio participaram de almoço e homenagem ao empresário Sadi Salvadori, que faleceu no começo deste ano, em Francisco Beltrão, em decorrência de complicações da Covid-19. Ele tinha 72 anos.
A homenagem foi prestada pela coordenação da 29ª Cavalgada. Os cavaleiros, a equipe de apoio, a professora Nadir Barbieri Salvadori, viúva de Sadi, a filha Silvia e os dois filhos, os irmãos Celmo e Celso Salvadori e demais familiares se reuniram no Bar do Giba para a cerimônia.
Pela coordenação da Cavalgada se pronunciaram o coordenador Amauri Scopel, o cavaleiro e pecuarista Alberi Agnoletto, ex-patrão do CTG Recordando os Pagos, e o xiru das falas (mestre de cerimônias) Elóis Rodrigues. Eles destacaram o apoio de Sadi durante as cavalgadas – era um dos responsáveis pela equipe de apoio aos cavaleiros.
A coordenação entregou duas lembranças em homenagem póstuma a Sadi – uma placa com as fotos dos integrantes da cavalgada e uma outra homenagem. Nadir e o cunhado Celmo Salvadori agradeceram, em nome da família, pela lembrança dos cavaleiros.

“Festa no céu”
Nadir lembrou que o marido era o “bolicheiro” das cavalgadas – participou de pelo menos dez. “Acho que ele deve ter feito festa lá no céu”, brincou Nadir ao falar para o JdeB. Uma das homenagens recebidas seria colocada, por ela, na sepultura de Sadi, no cemitério de Nova Concórdia.
Na comunidade de Nova Concórdia, onde a família Salvadori reside, Nadir e Sadi organizaram durante anos a cavalgada da Festa da Capela Nossa Senhora de Fátima. A cavalgada de aproximadamente dois quilômetros reunia participantes dos CTGs e dos grupos de cavaleiros. A última foi promovida em 2019, já que a partir de 2020 teve a pandemia e não foi possível organizar o encontro.
Muitos amigos
Nadir contou que Sadi gostava de organizar e participar destes eventos e tinha satisfação em receber as pessoas. “Se doava por inteiro para recepcionar as pessoas.” E também, para ela e a família, foi marcante porque as amizades que Sadi fez não se restringiram a Nova Concórdia e Beltrão. Sobre a homenagem, ela comentou: “Eu fiquei muito emocionada”.
190 km de cavalgada
A programação da cavalgada previa a conclusão no CTG Recordando os Pagos, que organiza o evento. Mas devido às chuvas, o pessoal decidiu encerrá-la em Nova Concórdia. Os cavalos foram levados com as carretinhas de alguns participantes e por um caminhão. Durante o percurso de quase sete dias, o pessoal cavalgou, participou de momentos de confraternização e tertúlias (apresentações culturais gaúchas) e entrega de placas em homenagens às pessoas ou comunidades por onde passaram.
O grupo cavalgou por quase 190 quilômetros, passando por estradas e caminhos de Francisco Beltrão, Eneas Marques, Nova Esperança, Salto do Lontra, Dois Vizinhos e Verê, retornando a Beltrão. Na comunidade de Santa Lúcia, em Dois Vizinhos, Elóis Rodrigues proferiu uma palestra para alunos e professores para falar do contexto histórico das cavalgadas e tropeadas.

