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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Associação Cão Caramelo é a voz daqueles que não podem falar

Em apenas um ano de fundação, entidade já ajudou mais de 100 animais.

“Temos como ponto central uma causa, em torno da qual as pessoas se unem voluntariamente para ajudar. Estamos finalizando a abertura como Ong”, comenta Joice Schmidt, voluntária da Associação Cão Caramelo, de Salto do Lontra, que conta com nove participantes ativos. Inicialmente, em janeiro de 2020, existia como uma sociedade de amigos cuidadores. Aos poucos, novos integrantes e novas ideias foram surgindo e decidiu-se oficializar como Ong, no início deste ano. A entidade é mantida apenas com doações.

Um dos resgates que mais impressionou os voluntários é de uma pitbull, que foi chamada de Docinho. Ela estava em estado crítico, em carne viva e com pulgas até mesmo no focinho; a Vigilância Sanitária do município entrou em contato com a associação. Docinho deve ser castrada em novembro e então será encaminhada para doação.

A Cão Caramelo está num local alugado e sobrevive de doações. Está sendo comercializada uma rifa de Natal, com sorteio dia 18 de dezembro, serão 38 prêmios. É possível comprar por PIX chave CPF 017.262.320-00 (Joice Schmidt de Oliveira).
Confira a entrevista.

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Um dos resgates mais impressionantes é da pitbull Docinho.

JdeB – Como surgiu a Cão Caramelo?
Joice Schmidt: Quando perceberam que o abandono e o descaso com os animais estava cada vez maior, na cidade, decidiram fazer alguma coisa por eles. Nove cachorros ficavam na avenida à espera de água e comida, alguns comerciantes se comoviam e ajudavam, mas outros não gostavam e acabavam maltratando, assustando. Então resolveram fazer um bebedouro e comedouro de cano PVC para instalar na árvore do canteiro central para que eles pudessem se alimentar e se refrescar sem atrapalhar, em frente às lojas. Não durou uma noite e os canos foram roubados. Então, tentando achar uma solução, perceberam que precisavam de mais ajuda, de um local para poder abrigar aqueles animais até que encontrassem uma família que pudessem curar o trauma do abandono. A partir disso, começaram receber ajuda e incentivo da população, e foram ganhando força, porque tivemos muitas pessoas como voluntárias. Eram em duas amigas, apenas, e desde então nosso trabalho tem sido cada vez mais reconhecido e esperamos, em breve, ter uma sede fixa, para que possamos continuar sempre ajudando e sendo voz daqueles que não podem falar.


Qual o trabalho que vocês desempenham?

Quando recebemos um pedido de resgate, analisamos como equipe a possibilidade de fazê-lo, pois nosso espaço e recursos são limitados. Então resgatamos, levamos ao atendimento veterinário necessário, fazemos vermifugação e antiparasitas e posteriormente a adoção. Temos um cronograma semanal, em que cada voluntário vai até o local onde estamos instalados para alimentar e fazer a limpeza dos canis.
Uma vez por semana, fazemos um mutirão para uma higienização mais completa e construção e reforma das nossas instalações. Além do nosso trabalho pontual, trabalhamos para fazer ações para arrecadação de recursos, como rifas, bazares, bolos de pote e ações de outras entidades em prol da causa.


Você tem ideia de quantos animais já foram beneficiados?

Temos fichas de todos os animais resgatados, com os dados de cada um e se foram adotados; também temos uma ficha de controle com a documentação da família. Porém, não temos uma ideia do total que já conseguimos ajudar, pois além dos nossos resgatados, auxiliamos intermediando diversas doações. Acreditamos que já passe de 100 animais.

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