Somente neste ano, foram resgatados 76 animais, mas apenas 53 foram adotados.
O Centro de Zoonoses não é abrigo, como muitos podem pensar. Sua função é realizar a castração de animais de rua, de Ongs e de pessoas do Cadastro Único, bem como atender denúncias de maus-tratos e fazer atendimento clínico dos animais de pessoas do Cadastro Único.
“Estamos lotados, porque o número de maus-tratos é grande e a procura por adoção é baixa”, comenta Flávia Nesi Lavina, médica veterinária. Somente neste ano, foram resgatados 76 animais, mas apenas 53 foram adotados. Em geral, os cães são de grande porte e não são de raça, por isso há pouco interesse de grande parte da população. “Não temos gatos aqui no Centro de Zoonoses e, quando tem, é mais fácil de doar.”
Os animais disponíveis para adoção são castrados, microchipados, vacinados e vermifugados. Flávia destaca que a sociedade poderia colaborar mais, porque é muita pressão e não há mais espaço. “O número de abandono é cada vez maior.”
Para adotar, basta ir até o Centro de Zoonoses, na antiga Polícia Ambiental, e passar por uma entrevista. O objetivo é identificar que esta pessoa terá tempo e paciência para cuidar desses animais, evitando assim um novo abandono.
Renata Perez Calegari, estagiária de Biologia, ressalta que há um revezamento dos cachorros no canil, de modo que todos possam ficar um período soltos no pátio e assim evitar estresse por estarem presos.
Denúncias
Flávia informa que as denúncias de maus-tratos podem ser feitas pela Ouvidoria Municipal, então o Centro de Zoonoses faz a notificação extra-judicial com as adequações necessárias. Se isso não for suficiente, a Polícia Militar é acionada. É preciso entender a importância da castração e dos cuidados básicos que esses animais precisam, como viver em um local saudável.
