A fatalidade ocorrida no domingo, 7, reacende o debate sobre a segurança da via.

No dia 25 de maio, o JdeB publicou a matéria “Precariedade na Rua do Aeroporto coloca vida de pedestres em risco”. Conversamos com moradores dos bairros locais que transitam pela via diariamente, tanto a pé quanto em veículos, e muitos demonstraram o descontentamento com a insegurança que a via oferece. A fatalidade ocorrida no domingo, 7, reforça a preocupação com a segurança da via.
A Rua Abdul Pohlmann tem quase quatro quilômetros de extensão. Vai da esquina com a Rua Nossa Senhora das Graças, no Bairro Cango, até o seu limite com a Estrada do Picadão, no Bairro Novo Mundo; cerca de três quilômetros da via não possuem passeio ou acostamento. O transporte público para os bairros Novo Mundo, São Francisco, Aeroporto, Jardim Virgínia e Cantelmo passa apenas na parte da manhã, forçando muitos moradores a fazerem o trajeto da volta a pé, disputando espaço entre os carros que trafegam na via.
À época, Genuir Merlos, presidente da Associação dos Moradores do Bairro Aeroporto, relatou que já foram feitas reuniões com a Prefeitura para a solicitação de melhorias na via, mas ainda aguardava a resposta. O secretário municipal de Obras e Viação, Cláudio Borges, disse que existe demanda de obras em toda a cidade, mas ele ressaltava que era preciso esperar a pandemia do coronavírus passar para a execução de novas obras.
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Relatos de moradores da região que transitam pela via
Pedestre – “Esse trajeto é complicado, pois também temos que dividir espaço entre os carros. Uma vez um motorista jogou o carro em nossa direção [a moradora e seu filho], e tivemos que nos jogar contra uma cerca de arame farpado”.
Motorista – “Com muita frequência passamos de carro, e o perigo não muda, principalmente naquela curva fechada em frente ao Pasc. A pista está com alguns defeitos, aí na tentativa de desviar das imperfeições da pista é possível sair do traçado e atingir algum pedestre, ou até sair da pista com o carro. Já vi acidentes assim ali”.