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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Caroline Cortelini e Paulo César Conceição comemoram a adoção de três irmãos

“É como se fossem trigêmeos, porque são três crianças com idades diferentes que chegaram de uma vez.”

Caroline Cortelini e Paulo César Conceição com os filhos Mariana, 4 anos, Isabelle, 2 anos, Arthur, 4 anos, e Miguel, 6 anos. Há alguns meses, a família dobrou.

A família Cortelini Conceição literalmente dobrou. A princípio, era formada pelo casal Caroline Cortelini e Paulo Cesar Conceição e a filha biológica Mariana, 5 anos. Mas, há alguns meses, chegaram Isabelle, 2 anos, Arthur, 4, e Miguel, 6, para completar. “Eu costumo dizer que é como se tivéssemos tido trigêmeos, porque são três crianças com idades diferentes, mas chegaram de uma única vez na nossa vida”, diz Caroline.

Eles têm 12 anos de casados e a ideia da adoção surgiu ainda na época de namoro. “A gente falava que a adoção era uma possibilidade de termos filhos, caso tivéssemos dificuldades para engravidar ou mesmo a ideia de ter filhos biológicos e adotivos também, porque a gente acha que é uma forma de dar um lar para aquelas crianças que não têm possibilidade e a gente sabe que são muitas crianças aguardando por uma família.”

Além disso, a Mariana, desde muito pequenininha, pedia maninhos e os pais tinham em mente que não queriam uma filha única. Foi então que em 2019, no dia 4 de dezembro, aniversário de Caroline, ela tomou a iniciativa e foi na Vara da Infância. “Lembro que eu cheguei em casa com os documentos e as orientações e disse para o Paulo: ‘Olha, hoje eu resolvi me dar um presente de aniversário’. Aí conversamos sobre isso e encaminhamos a documentação para tornar essa nossa ideia realidade.”

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Desde que a Mariana era menor, eles estavam nas tentativas de dar um maninho ou maninha para ela, “mas estava demorando um pouco, estava um pouco difícil, então resolvemos tomar esta decisão de trazer os outros filhos que nós tanto queríamos de outra forma, não da barriga e sim do nosso coração”.

Presente de Deus
Datas importantes para família se destacam durante a adoção. “Como eu disse, no dia do meu aniversário, eu resolvi me dar este presente de encaminhar o processo para nos habilitarmos para adoção. Um ano depois, no meu aniversário de 2020, eu recebi a ligação da psicóloga da Vara da Infância, falando que havia três crianças, com um, três e cinco anos, dois meninos e uma menina, que estavam para adoção aqui na Comarca e que nós éramos o casal habilitado, pois no nosso perfil aceitávamos irmãos e neste caso nós tínhamos colocado que aceitávamos até três crianças numa idade aproximada à idade da Mariana.”

Caroline lembra de ter respondido que sim, que ela não tinha dúvidas, fazia dois meses que eles estavam habilitados, além disso, “ela me ligou no dia do meu aniversário e estava considerando isso um presente de Deus, um presente que um ano antes, bem certinho, eu havia pedido e foi assim que três lindos pequenininhos chegaram na nossa vida”.

Quando Mariana soube
Mariana amou saber que ganharia dois maninhos e uma maninha. “Tudo o que sai das mãos de Deus é perfeito, a primeira visita que nós fizemos para conhecer as crianças foi no dia do aniversário da Mariana (15 de dezembro), tudo aconteceu em datas muito significativas para nós. Neste dia, nós levamos cupcake e docinhos para comemorar junto com eles e naquele momento nós já tínhamos certeza de que seríamos uma família e que estava nos planos de Deus e assim foi.”

A Mariana cuida dos maninhos, ajuda e está sempre inventando coisas para se divertirem. Eles brincam muito juntos, é uma alegria. “Nos primeiros meses tinha aquelas pequenas crises de ciúmes, a Mariana tinha ciúmes principalmente da Isa, que era bebezinha, chegou com 1 aninho e pouco. Por ser bebê, a gente ficava em função dela, pelos cuidados que uma criança pequena exige. Depois passou, hoje ela ajuda a cuidar da maninha Isa.”

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Uma nova rotina
Tudo mudou na rotina da família. “Há momentos em que tem coisas a fazer com todos, mas tem outros momentos que cada um exige um tipo de atenção, em função da idade, em função das características de cada um. Então, eu e o Paulo Cesar passamos a nos reorganizar para estarmos 100% presentes, para conseguirmos dar conta.”

Os pais perceberam a necessidade de estabelecer horários mais fixos, para que as crianças saibam, por exemplo, que elas chegam da escola, vão brincar ou assistir, daí jantam, depois elas vão tomar banho e então todos vão para o quarto para ler história ou uma fazer uma oração. “Uma certa previsibilidade, que ajuda as crianças pequenas a se organizarem mais e nos ajuda como pais, para gente se organizar com nossos próprios horários de trabalho e de outros compromissos. Foi uma mudança radical na nossa vida, que ficamos muito felizes em fazer, tem as dificuldades do processo de adaptação; as crianças estão se adaptando à esta nova realidade familiar e nós pais nos adaptando, porque nos tornamos pais de quatro crianças pequenininhas.”

Algumas sugestões
“Para quem tem o desejo de adotar, o que a gente pode dizer é que nada é por acaso. Tenho certeza que a chegada desses três filhos estava no planejamento divino. A gente vê a relação de afinidade entre eles e o cuidado um com o outro. É confiar em Deus, que os filhos de vocês estão em algum lugar aguardando o momento para chegar”, diz Caroline.

É muito importante acompanhar os grupos de adoção e grupos de busca ativa, além de fazer o curso preparatório de adoção que é obrigatório. Uma dica é ampliar as opções do perfil, aceitando irmãos, por exemplo. “Há muitos irmãos e a ideia é não separar, então as Varas de Infância procuram famílias que aceitem essas crianças, para que elas não percam o vínculo entre elas. Também pensar na adoção de crianças mais velhas e até adolescentes, porque são pouquíssimas famílias que colocam no perfil adolescentes.”

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