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Menos pessoas estão utilizando os meios de transporte coletivo para se locomover nas principais cidades. Esta é uma constatação da pesquisa feita pela CoE BRT+ que avaliou a utilização dos transportes antes da pandemia de Covid-19 e agora. A movimentação atual é de cerca de 60% dos níveis pré-pandemia.
Além de grande parte das atividades presenciais terem sido substituídas pelo home office para propiciar o distanciamento e cumprir com as medidas sanitárias, muita gente, motivada pelo medo ao contágio do vírus e preocupada com a higiene do transporte público, optou pelo uso do carro próprio ou aplicativos, evitando o uso dos meios coletivos, como ônibus ou trem.
Entre março e outubro do ano passado, 50% das pessoas que precisavam se locomover para ir a seus trabalhos ou estudar passaram a dispensar dessa necessidade e ficar em casa, segundo a pesquisa feita pela CoE BRT+.
Essa redução na necessidade de locomoção impactou principalmente o sistema de transporte público, visto que ônibus, BRT, lotação, metrô, trem e VLT são os meios que registram as maiores quedas: até os primeiros meses do ano, apenas 15% estavam utilizando estes meios. São Paulo é a cidade que registrou a maior queda, de 59% de usuários desses meios antes da pandemia passou para apenas 8%.
De acordo com o Anuário do Ônibus e da Mobilidade Urbana 2021 da Confederação Nacional do Transporte (CNT) comparando 2020 com o ano 2019, 2,94 bilhões de passageiros pararam de usar ônibus. Os dados são de apenas 17 cidades e áreas metropolitanas no País.
Na mesma pesquisa da CoE BRT+ também foi verificada uma queda na frequência de uso, em todas as cidades que participaram supera 50%, mas o destaque também foi para São Paulo, onde a redução da frequência ficou acima de 80%.
Menos passageiros na região
A situação é a mesma verificada na região. Em Pato Branco, o movimento de passageiros nas linhas do transporte coletivo urbano operado pelo Consórcio Tupã está entre 60% e 70% do que era até fevereiro de 2020. Na cidade, a recuperação do setor está estagnada porque boa parte das aulas de escolas e universidades continuam de forma remota até pelo menos o fim deste ano.
Em Dois Vizinhos, a situação é ainda pior, segundo apurou o JdeB: o movimento de passageiros da Norsul é a metade do que vinha sendo registrado antes da pandemia e a quantidade de rotas também foi reduzida para se adequar à nova realidade. Não foi possível apurar junto à Guancino e Prefeitura a quantidade de passageiros transportados em Francisco Beltrão.
