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Francisco Beltrão
sábado, 24 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Questão da inflação preocupa, diz presidente do Banco Central

Política

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que, embora haja questionamentos em relação ao arcabouço fiscal de curto prazo no Brasil, os agentes de mercado apontam que a grande fragilidade está na capacidade de o País crescer no longo prazo. Em apresentação durante evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Campos Neto disse que a autoridade monetária tem demonstrado preocupação com o aumento “de núcleos da inflação no Brasil” e ressaltou que os índices de preços estão claramente descolando, com “elementos de disseminação bastante ampliados”. No evento, o presidente do BC disse que a desancoragem [levantar a âncora] da expectativa de inflação para 2022 está parecida com a observada em 2017, sendo “superimportante” o BC atuar e ancorar [segurar] as expectativas.

“Imposto mais maligno”
“O imposto mais maligno que temos é a inflação, é muito importante agir de forma rápida, consistente, de forma transparente para que a gente consiga abortar esse processo de desancoragem [inflação subir mais]”, afirmou. Segundo Campos Neto, os agentes de mercado estão dizendo que o crescimento estrutural do Brasil está mais baixo do que o previsto anteriormente. Campos Neto afirmou que o ciclo de aperto monetário no mundo deve secar ainda mais a liquidez e destacou que o Brasil precisaria desses investimentos para gerar crescimento econômico em um momento em que a parte fiscal “está exaurida”.


Enfrentamento à pandemia

No Brasil, o presidente do BC disse que as medidas de enfrentamento à pandemia foram efetivas e permitiram um retorno mais veloz da atividade. No entanto, ele afirmou que agora é possível ver países emergentes acelerando mais fortemente do que a economia brasileira. Campos Neto também disse que as partes mais voláteis da inflação começaram a apresentar algum arrefecimento, mas ponderou que ainda é preciso ver como esse movimento vai se dar à frente.

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Tom duro
A ata da reunião do Copom manteve tom duro em relação à inflação e sinalizou que o BC poderá manter a taxa básica de juros em patamar elevado por mais tempo para domar o índice e as expectativas de inflação.

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