Sanepar vai aguardar para se pronunciar oficialmente
O assessor de comunicação da Sanepar, Marcos Silva, disse ontem, por telefone, ao Jornal de Beltrão que a empresa vai aguardar o andamento normal do projeto de lei aprovado pela Câmara de Francisco Beltrão, para depois se pronunciar.
O projeto, aprovado segunda-feira e ratificado ontem, prevê a redução de 80% para 30% da taxa de esgoto cobrada na conta da água.
Vamos esperar a segunda votação e depois a decisão do prefeito para nos pronunciar??, declarou Marcos.
O projeto deverá estar na mesa do prefeito Vilmar Cordasso (PP) na semana que vem. A partir de então, ele terá 15 dias para aprovar ou vetar.
Se aprovar, inicia-se a batalha jurídica, após notificação da Sanepar. Se vetar, o projeto volta para à Câmara, que deverá então votar se aprova ou derruba o veto.
Segunda à noite, a sessão da Câmara se estendeu até às 23 horas. O público lotou, já que o projeto teve como gênese ??a participação popular??. Foram mais de 2.500 assinaturas de eleitores beltronenses que, desde o ano passado, sob a coordenação do Fórum Popular de Entidades, se mobilzaram pelo projeto.
Uma lei municipal prevê que pelo menos 5% dos cerca de 50 mil eleitores devem subscrever um projeto popular, para que o Legislativo o aprecie.
Os vereadores votaram pelos 30% de forma unânime. Alguns fizeram observações no sentido de não se gerar muita expectativa, já que outras câmaras municipais que tiveram atitudes semelhantes, acabaram derrotadas em instância superior e da justiça,
O advogado da Sanepar, Tadeu Donizeti Barboza Rzniski, esteve presente à sessão de segunda, junto com a gerente de Francisco Beltrão, Rita Camana.
Tranqüilo, ele lamentou que não pudesse se manifestar. “Talvez então pudéssemos esclarecer muita coisa “.
Tadeu deu entrevista à imprensa e reiterou que a empresa tem investimentos programados e a garantia exatamente é essa cobrança, e se ela for diminuída, significa a diminuição dos investimentos.
Alguns vereadores demonstraram essa ponderação em suas falas. Fábio Melati (PMDB), por exemplo, que considerou positivo o início dos debates sobre as tarifas cobradas, disse que “é um debate que precisa acontecer no país, e por isso a populacão está de parabéns por fomentar essa discussão, é muito importante esse debate”.
Atanázia Pedron (PP) elogiou as entidades que organizaram e foram atrás das assinaturas, defendendo que o debate deve avançar, “para que também se mudem as leis federais e estaduais”.
O nosso voto hoje é uma forma de pressionar os deputados para que também debatam sobre as tarifas públicas”, declarou.
