O exemplo da Prefeitura de Dois Vizinhos podia ser seguido: uma ampla campanha publicitária em favor do título eleitoral.
Foi a Constituição de 1988 que estabeleceu que dos 16 aos 18 anos existe a possibilidade da pessoa ter seu título eleitoral. Fica a critério dessa pessoa, porque depois dos 18 o documento passa a ser obrigatório. Recentemente a Prefeitura de Dois Vizinhos lançou uma campanha publicitária estimulado que a juventude duovizinhense dessa faixa facultativa se convencesse de que tirat o título eleitoral seria uma medida positiva. E é de fato. Dá status a um município ter um número significativo de eleitores.
E Dois Vizinhos é um polo microrregional que cresce e está entre os grandes do Sudoeste, ombro a ombro com Palmas para ver quem se consolida em terceiro lugar na região. E aumentar o número de eleitores, assim como a população, é um elemento de motivação para todas as forças produtivas do município. Nesse sentido, os demais municípios sudoestinos também deveriam fazer suas campanhas motivacionais, estimulando a faixa dos 16 aos 18 a ir ao fórum e adquirir esse novo documento.
Será ótimo para a região, que é conhecida como a mais politizada do Paraná, ter um contingente expressivo também nesse rol específico de potenciais eleitores, que podem escolher entre ter ou não ter. Mas que a escolha seja pelo ter o título, também para ajudar nessa tradição de “região politizada” que tão bem faz ao Sudoeste, a nossa terra. No mesmo sentido, nessa toada de ir ficando adulto, ter uma carteira de trabalho e ir atrás de uma atividade laboral também seria de bom alvitre.
Trabalhar, estudar, se aperfeiçoar, se informar, ter consciência do seu papel na comunidade, tarefas que vão se apropriando do ser humano que vai crescendo, assim como namorar e ter uma vida social responsável e divertida. É com trabalho que se supera a dificuldade, e é exercendo o direito a voto que existe a possibilidade de fazer parte da história.
O exemplo da Prefeitura de Dois Vizinhos se coloca nesse sentido: chamar à responsabilidade os que podem exercê-la com disposição. Se nesse mês de abril as prefeituras da região se mobilizarem com esse foco, numa ampla campanha publicitária — jornais, rádios, TVs e redes sociais —, quem sabe esse boom em favor do título se transforme numa onda maravilhosa que obrigue os fóruns a fazer hora extra para atender a legião de jovens dispostos a ter mais um documento na carteira, e em outubro usá-lo com orgulho na seção eleitoral.
