
A Câmara de Vereadores de Renascença aprovou, por unanimidade, em sessão ordinária do dia 15 de fevereiro, a justa homenagem ao senhor Avelino Tombini Parizotto com um título de Honra ao Mérito por sua dedicação e trabalhos prestados à comunidade de Renascença e como vereador da 1ª Legislatura, 1961/65, eleito com 101 votos, pelo PTB.
Terça-feira, 29, no Plenário da Câmara de Renascença, foi feita a homenagem. O primeiro a falar foi o proponente do título, vereador Antônio Ari Dalla Cortt, que teceu muitos elogios e não poupou palavras de gratidão como homem do bem, a quem Deus indicou o caminho para chegar até este município trazendo muitos outros conhecimentos da sua terra natal, Distrito de Espumoso (RS).
O vereador Ari contou: “Quando ele chegou aqui eu era garoto. Os dias foram se passando, eu ia ouvindo falar do seu Avelino e de suas boas ações. Muita gente se espelhava nesse ser humano de tanta bondade. Numa conversa com Darcy Pacce pedi que, no próximo livro, ele fale mais desse cidadão e ele afirmou que seu Avelino será bem lembrado”.
Na oportunidade, todos os vereadores falaram de seu Avelino com muita gratidão e carinho. A vereadora Miria Manfredi se emocionou muito durante seu depoimento. A vereadora Marieli Nardi leu o histórico. O presidente da Casa, Gilmar Schmidt, disse que seu Avelino era seu cliente e eles sempre sentavam num banco para bater papo. “Vários conselhos e muitas histórias ele me passou. Hoje, estou aqui agradecendo pessoalmente pela nossa amizade de longos anos.”

Estiveram presentes familiares, amigos, o prefeito Idalir Zanella, o vice-prefeito Valmor de Bona, ex-vereador José Osmar (Zeca) Parizotto (filho de seu Avelino), ex-vereadores Claudecir Fabris e Armando Tomassoni, representantes da Apae, os irmãos Celso e Marcos Keppers e outros.
No final, seu Avelino agradeceu imensamente a todos dizendo: “Agora, não tenho nada a reclamar, agora vou me cuidar e os outros que trabalhem”.
História e trabalho de Avelino Tombini Parizotto

Nascido em 1930, no Distrito de Espumoso, município de Soledade (RS).
Na década de 50 vinha para a região com um caminhão F-600 trazer mudanças, fumo de Sobradinho (RS), farinha de mandioca e farinha de trigo.
Na volta, levava madeira para Passo Fundo. No ano de 1958, trocou o caminhão por um bar, dormitório e churrascaria, na esquina da Rua Wenceslau Brás com a Avenida Castelo Branco. Mais tarde, associou-se numa serraria que depois a adquiriu em sociedade com o senhor Luiz Valdameri. Comprou também um beneficiamento de madeira em frente à praça municipal em sociedade com seu irmão Lucir. Foi um pioneiro, no início da agricultura mecanizada. Adquiriu o primeiro trator agrícola do município, iniciando o destoque nas terras da Barrinha. Era um trator Massey Ferguson no qual adaptou um guincho para puxar toras e ajudar no destoque.
Posteriormente, adquiriu da Prefeitura um trator de esteira para finalizar os destoques e destocar para outros. Adquiriu a primeira ceifa em Santa Rosa (RS), da qual saía o produto ensacado. Foi a primeira de Renascença. Vieram técnicos de lá para ensinar a usá-la. A primeira colheita feita por ele foi nas terras dos Dalla Rosa, em Marmeleiro. Também foi o primeiro a iniciar o plantio direto, que tinha conhecido no Rio Grande do Sul.
Em 1961 foi eleito vereador pelo PTB de Renascença, recém-emancipado. Foi candidato a prefeito em 1976, mas não se elegeu. Também foi o criador do PDT no município.
Na Igreja, por diversas vezes foi festeiro e membro da diretoria. Foi num dos seus mandatos que foi desmanchada a segunda igreja e o pavilhão de madeira, dando início à construção do atual Centro Paroquial, sendo que a madeira da igreja foi utilizada para fazer os arcos da cobertura.