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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Força política do governador Ratinho Júnior se reflete nas bancadas do Paraná

Ademar Traiano, Leandre Dal Ponte, Guto Silva.

JdeB – Muita gente pode se perguntar: vai ter voto para todo mundo? No caso, todo mundo do PSD, partido do governador Ratinho Júnior e que, na dança das cadeiras de março, acabou se tornando a maior bancada do Estado, tanto no plano federal (cinco cadeiras, 17%) quanto no  estadual (com incríveis 15 assentos, 28%).

Será a primeira eleição sem coligação desde 1982 — há 40 anos, quando o voto era vinculado, quer dizer, só seria validado se na cédula tivessem candidatos do mesmo partido (no caso, governador, senador, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador).

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Há, agora, o artifício da federação, que é uma espécie de coligação, mas bem rígida, porque só é autorizada se for para todo o País — como, por exemplo, PT, PV e PC do B já acertaram, assim como PSDB e Cidadania. São legendas que estarão numa mesma nominata em todo o Brasil — e isso continuará valendo também para a disputa municipal de 2024

Bem diferente do que se assistia até 2018, quando em cada Estado se articulava a aliança que fosse mais conveniente, obedecendo interesses locais e tal.

A nova regra, pois, dificultou a estratégia. Daí que algumas legendas preferiram se robustecer. E outras abriram mão de competir.

No caso do Paraná, por exemplo,  PSC e PSD estavam coligados há quatro anos e elegeram a segunda maior bancada da Assembleia, com dez eleitos (seis do PSD e quatro do PSC). E agora o PSC simplesmente sumiu do mapa eleitoral paranaense. Seus deputados migraram para outras siglas. Um deles, o beltronense Wilmar Reichembach.

Ele comentou que não gosta de mudar de partido, mas as circunstâncias assim forçaram. No caso, a circunstância foi que o Partido Social Cristão não se preparou para ter chapa, nem para federal, nem para estadual.

Suplente de deputado, o ex-prefeito de São Jorge D’Oeste, Luis Corti, também estava no PSC. Foi para o PSB.

União Brasil, a maior bancada da região na Assembleia Legislativa: Três cadeiras

Reichembach teve vários convites para se filiar e escolheu o União Brasil, o novo partido que nasceu na fusão do PSL com o DEM. Outro sudoestino, Nelson Luersen, de Planalto, agora também é União Brasil. Ele havia sido eleito pelo PDT.

O PDT que ficou é oposição ao governador Ratinho. Luersen teve um mandato todo de proximidade com o Palácio Iguaçu. E então foi para um partido alinhado com o governo.

O pato-branquense eleito pelo PSL, Luiz Fernando Guerra, aderiu automaticamente ao União Brasil — partido que tem a maior bancada entre os sudoestinos, três cadeiras.

Luciana, a única do Sudoeste que não mudou: permanece no PT

Aliás, na bancada do Sudoeste, todos deputados mudaram, menos Luciana Rafagnin, do PT. E o PT é claramente de oposição, tendo filiado recentemente o ex-governador Roberto Requião para concorrer ao Palácio Iguaçu em outubro. Junto com ele ancorou no partido o deputado estadual Maurício Thadeu de Mello e Silva — o Requião Filho.

Histórica no PSDB, a família Litro — de Dois Vizinhos — também se viu forçada a mudar. Isso porque a cúpula tucana resolveu ir para a oposição, abraçando a candidatura de César Silvestri ao governo.

Paulo Litro comentou que “estava trabalhando na construção do partido para estar presente no apoio ao governador”. Mas daí, com a guinada da maioria da executiva para a oposição,  o caminho foi sair da legenda e manter a fidelidade ao governo. E Paulo e seu pai, o ex-deputado Luiz Fernandes Litro, foram para o PSD.

Pois foi o Partido Social Democrático que acolheu também o presidente da Assembleia, beltronense Ademar Traiano, que estava no PSDB há mais de 20 anos. Traiano é um dos políticos mais poderosos no Paraná hoje e sua aliança política com o governador é que motivou essa transferência. “Pelo projeto do governo, estou ao seu lado nessa caminhada”, disse Traiano.

Outro engajado nesse projeto é o pato-branquense Guto Silva, que deixou o PSD e se filiou no PP para concorrer ao Senado Federal.

Vermelho e Leandre, novas siglas

Dois deputados federais com raízes no Sudoeste, Nelsi Maria Vermelho e Leandre Dal Ponte, mudaram de partido em relação a 2018. Ele (ex-PSD) foi para o PL; e ela (ex-PV), PSD.

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