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Francisco Beltrão
segunda-feira, 30 de junho de 2025

Edição 8.235

28/06/2025

Hope Clínica Especializada é a esperança para muitas famílias

Três profissionais se uniram com o objetivo de trabalhar com excelência no atendimento a crianças e adolescentes.

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Os fisioterapeutas Fernando Bednarski e Lucas Gabriel Fulber Koehnlein e o psicólogo Maurício Sygel estão à frente da Hope Clínica Especializada. A Hope Clínica Especializada fica na Rua Curitiba, 2180. Foto: Fotos: Leandra Francischett/JdeB.

Por Leandra Francischett – Movidos pela esperança, os fisioterapeutas Fernando Bednarski e Lucas Gabriel Fulber Koehnlein e o psicólogo Maurício Sygel decidiram fundar a Hope Clínica Especializada, que tem como foco o atendimento de crianças e adolescentes. São histórias de superação, que se “encaixaram” e resultaram neste empreendimento.

“É muita experiência envolvida. Buscamos excelência, com especializações anuais e investimento em equipamentos”, comenta Fernando. No Sudoeste, Fernando é um dos precursores do Cuevas Medek Exercises (CME),  uma metodologia baseada em exercícios contra a gravidade, com a intenção de reforçar o potencial de recuperação natural de crianças que apresentam dificuldade motora. Ele fez curso com o idealizador do método, no Chile, onde residiu por um período. 

Fernando trabalhou ainda nos Emirados Árabes, durante dois anos. Em março deste ano, ele esteve no Egito e, novamente, em Dubai, levando o método Cuevas para várias partes do mundo. “Escolhemos o nome Hope, do inglês esperança, porque é o que desejamos às pessoas que buscam nosso trabalho.”

Superação

Maurício e Lucas têm histórias distintas, mas semelhantes na superação. Maurício tornou-se psicólogo porque, aos 16 anos, enfrentou um câncer no fêmur e no quadril e ficou seis anos em tratamento utilizando cadeira de rodas. Ele precisou colocar prótese e, neste período, em Curitiba, teve acompanhamento psicológico. “Precisei fazer processo de reabilitação e nesse processo conheci o Fernando, com quem também fiz fisioterapia.”  Maurício comemora a conquista de realizar o sonho de trabalhar com crianças e adolescentes, “em um local que ofereça além de esperança, sonhos e qualidade de vida”.

Ele acrescenta: “Na época, a psicóloga do hospital me proporcionou esperança e resiliência para lidar com as dificuldades. O nome Hope é sobre esperança, como Paulo Freire refere o verbo esperançar, é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal. A esperança requer uma certa perseverança, acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário. Nós tivemos que ter esperança e agora proporcionamos isso a pais e famílias que nos procuram, pois quando entramos em contato com a criança, entramos em contato com o seu mundo de forma legítima, a escola, a família como um todo”.

Maurício destaca: “Condiz com a nossa história, de ser autêntico, porque quando os pais recebem um diagnóstico, enfrentam um processo de luto e reestruturação de uma vida toda, ficam perdidos e vulneráveis. Com a Hope, podemos oferecer um caminho menos sinuoso e dolorido, em que possamos, através de tudo, oferecer acalento e segurança”.

Ele atende principalmente crianças com desenvolvimento atípico, como crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), e Transtorno Opositor Desafiador (TOD), além de crianças com paralisia cerebral em reabilitação. Maurício faz uso do método ABA, que é a análise do comportamento aplicado.

Lucas iniciou a faculdade de fisioterapia em 2015 e, no primeiro ano de faculdade, sofreu um grave acidente, que ocasionou em uma lesão na coluna cervical, a qual atingiu a medula, tendo como diagnóstico tetraplegia. “Foram 32 dias de internação na UTI, e um longo processo de reabilitação, quando saí do hospital não tinha nenhum movimento abaixo do pescoço e com a fisioterapia retomei os movimentos.”

Ele acrescenta: “Pude perceber que, em geral, as pessoas com esse tipo de lesão não têm um bom prognóstico de recuperação. Passei por isso na pele e hoje consigo ter uma compreensão muito abrangente do que é se colocar no lugar de paciente”.

Atualmente, Lucas também trabalha na UTI covid, do Hospital Regional. Segundo ele, foram experiências difíceis, com alta carga de trabalho na fisioterapia intensiva, mas muito gratificantes.

Ele tem formação em Cuevas Medek Exercises e também atua com o protocolo PediaSuit de Terapia Intensiva com o macacão terapêutico ortopédico, que apresenta resultados mais rápidos, sendo uma novidade em Beltrão.

Lucas é natural de Capanema, Maurício e Fernando são de Francisco Beltrão. São três colegas e amigos que identificaram a importância de ter esperança e juntos estão à frente da Hope Clínica.

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