Leandre viabilizou recursos no orçamento da União para as novas unidades, que serão construídas no Sudoeste do Paraná.

Da assessoria – A deputada federal Leandre Dal Ponte (PSD-PR) esteve com a nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto, para tratar do início do processo para a construção de duas casas da Mulher Brasileira no Sudoeste Paranaense, nos municípios de Francisco Beltrão e Pato Branco. Leandre viabilizou recursos no orçamento da União para as novas unidades, que serão construídas no Sudoeste do Paraná. As primeiras fora da capital do Estado
Cristiane, que era secretária nacional de Políticas para as Mulheres, tomou posse na pasta, que antes era comandada por Damares Alves, dia 31 de março.
Segundo Leandre, já existem programas que podem ser executados pelo governo federal nos municípios, independente da estrutura física.
“A Casa da Mulher Brasileira é uma grande obra. Mas ela faz parte do Programa Mulher Segura e Protegida, do governo federal, que fortalece e estrutura a rede de proteção e prevenção da violência contra as mulheres nos municípios, com apoio das procuradorias da Mulher e da Polícia Militar”, completou a deputada.
Conscientização é necessária
Numa visita ao Jornal de Beltrão, ontem à tarde, a deputada Leandre falou mais sobre o projeto da Casa da Mulher Brasileira, cujas duas primeiras unidades para o interior do Paraná estão sendo destinadas, por um projeto dela, a Beltrão e Pato Branco.
Leandre conta que a descentralização das casas foi obtida com a argumentação de que a violência contra a mulher não é um problema somente das capitais; cidades do interior também sofrem com isso. Aí foram criadas casas para faixas populacionais de até 50 mil habitantes, 50 a 100 mil, 100 a 500 mil e mais de 500 mil habitantes, o que viabilizou os dois projetos do Sudoeste.
Leandre relata que o serviço prestado pela Casa da Mulher Brasileira é mais completo que uma Delegacia da Mulher, porque nela são juntados “todos os serviços”. “Muitas vezes, só por se deslocar de um lugar para outro muita coisa pode acontecer com a mulher. Ela faz a denúnica, e aí pra onde vai?” A deputada insiste na conscientização da sociedade. “O grande problema no combate à violência contra a mulher é o sentimento de impunidade. Mas a partir do movimento que a sociedade começa a se estruturar, na garantia da defesa, o agressor vai começar a perceber que o cerco está sendo fechado e ele terá que repensar os seus atos”.
Com essas preocupações que, durante a semana, a deputada Leandre visitou municípios da região e em contato com lideranças procurou mostrar que “a vinda da casa é uma marca, uma conquista, porque só temos hoje em algumas capitais brasileiras”, mas é preciso também conscientizar a sociedade. “Também não é fácil tirar essa cultura de que muitas mulheres vítimas da violência acabam aceitando e muitos ainda não incentivam a pessoa a ir em frente, isso que precisa mudar.”