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Francisco Beltrão
sábado, 14 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Produção agropecuária e industrial de alimentos movimenta a economia local

É um dos municípios com grande Valor Bruto da Produção da região.

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O Frigorífico Vibra, de frangos, às margens da PR-493, emprega muitos trabalhadores. Foto: Divulgação.

JdeB – O município de Itapejara D’Oeste tem produção agrícola e pecuária grande e diversificada. Com uma população de cerca de 12 mil habitantes, sedia um frigorífico de frangos da Vibra, duas indústrias de rações (Vibra e Anhambi), frigorífico de bovinos (Orfimar), central de resfriamento de leite (Piracanjuba) e queijarias.

Ainda na área agropecuária, o município conta com muitos avicultores e suinocultores integrados e produtores de leite que entregam a produção para diversos laticínios. Na agricultura, os produtores se dedicam principalmente ao cultivo de milho, trigo, feijão e soja. Como os demais municípios da região, Itapejara D’Oeste também sofreu os efeitos das estiagens registradas em 2021 e 2022.

No ano-safra 2019-2020, Itapejara D’Oeste ficou na sexta colocação na microrregião de Pato Branco no ranking do Valor Bruto da Produção (VBP), com R$ 434 milhões (valor arredondado). A avicultura movimentou R$ 182.685 milhões (valor arredondado). Num comparativo de importância, a avicultura foi responsável por 42% entre todas as riquezas geradas pelo campo.

Só 30%

O prefeito Vilmar Schmoller analisa estas duas situações: a pujança no setor agropecuário e os problemas causados pelas secas no primeiro e segundo semestre de 2021 e começo de 2022. “Pois é, vivemos dois extremos. Com o período de estiagem que nos prejudicou muito, principalmente a safra do soja, além disso eu sou do ramo do agro e, olhando os números do recebimento de grãos, a gente percebe que aconteceu com todas as unidades, o soja atingiu um percentual de produção de 30%, esse ano, é muito pouco.” As perdas foram grandes, variando de propriedade para propriedade e conforme as áreas. “Foi bastante variável, conforme a variedade de soja plantada, mas no geral se produziu em torno de 30% a 35%, o que dá umas 50 sacas por alqueire. O que a gente vem conversando com os produtores é que o preço está muito bom para se deixar de colher. Uma produção boa com um preço bom era o momento do produtor fazer sua reserva e acabou escapando pelos dedos, pelo clima.”

Apesar da quebra na safra normal, que vai de setembro a março, o prefeito Vilmar ressalta: “O pessoal não desanima, plantou toda a área de safrinha, a gente percebe que a soja e o milho estão muito bons, bastante feijão também, e a gente vê também os preços bons. Então, acreditamos que nessa safrinha o pessoal já recupere e volte a investir, mesmo com os preços dos insumos altos, mas a agricultura é isso, uma indústria a céu aberto, tem esses problemas do clima”.

Na safrinha foram plantados, no município, nove mil hectares de milho, três mil hectares de feijão e 800 hectares de soja. Se a produção for boa, a economia vai voltar a girar com mais força ainda.

Leandro Petkowicz, secretário de Agricultura, corrobora as informações do prefeito Vilmar, dizendo: “O clima tá ajudando, as lavouras estão bem uniformes, com alto potencial produtivo”.

Potências

Neudimar Moterle, presidente da Associação Empresarial de Itapejara D’Oeste (ACI), comenta: “Aqui e na maioria dos pequenos municípios da região a economia é baseada na agricultura. Tem muitos empresários que também investem na agricultura”.

Neudimar destaca: “Se a agricultura for bem, o comércio também vai bem”. O presidente da ACI lembra que além dos frigoríficos locais, há a indústria de rações Anhambi e cerca de quatro indústrias de confecções de facção que empregam de 50 a 60 funcionários. “O município é pequeno, mas com um potencial grande.”

Raio X da Agropecuária:

Produção de leite: 70 propriedades

Avicultura: 192 aviários

Suinocultura: dez granjas

Frigorífico Vibra já abate 300 mil frangos por dia

JdeB – A cadeia avícola em torno do Frigorífico de frangos da Vibra movimenta a economia local e parte da região. O grupo empresarial que comanda a agroindústria vem mantendo os investimentos na planta local.

“Temos também, na linha da avicultura a Vibra que está crescendo muito no nosso município, recebi recentemente a visita dos diretores. Hoje estão empregando mais de 1.400 pessoas, estão abatendo quase 300 mil frangos por dia e estão num projeto de ampliação”, informa o prefeito.

Vilmar acrescenta que uma empresa como a Vibra “dá um suporte muito bom para nosso município, sem falar em retorno de impostos, mas só pelo fato de empregar a população, o trabalhador, que chega no fim do mês e tem o dinheiro para gastar no nosso comércio, isso já nos agrada muito e coloca a nossa cidade da linha de crescimento”.

O Frigorífico Orfimar, fundado há 30 anos e há cerca de 15 anos com certificação no Sistema de Inspeção do Paraná (SIP), emprega cerca de 60 funcionários e abate, em média, de 180 a 200 bovinos por dia. A indústria comercializa carcaças e alguns tipos de cortes bovinos para açougues, casas de carne e supermercados.

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