Em frente ao Fórum, toldos para proteger as pessoas.

JdeB e Folhapress – Termina amanhã o prazo para jovens de 16 a 18 anos obterem seu título de eleitor. Não é obrigatório. É uma opção.
A data também é limite para quem quer regularizar sua situação — transferência de domicílio eleitoral, acertos pendentes, segunda via, etc. Enfim, é o momento para se regularizar para poder votar em 2 de outubro — daqui a menos de cinco meses. Neste ano, serão cinco votos: presidente, governador, um senador, deputado federal e deputado estadual.
No Fórum Eleitoral de Beltrão ontem, no início da tarde, havia fila do lado de fora. E dentro, o ritmo de atendimento dos atendentes era frenético. A reportagem do JdeB acompanhou um pouco essa dinâmica.
Do lado de fora, dois toldos foram erguidos para proteger as pessoas do sol ou da chuva. Ontem, no caso, da chuva.
Atendimento on-line
O título pode ser feito presencialmente (do meio-dia até as 18h, não haverá plantão em Beltrão; deve-se apresentar documentos pessoais e comprovante de residência) ou pela via on-line — no endereço www.tre-pr.jus.br
Neste ano não haverá biometria, por isso o título eleitoral pode ser feito remotamente. Também não haverá biometria na hora de votar.
A moça do “Se liga, 16” já é mãe, tem 50 anos e a filha adolescente vai votar neste ano
Trinta e três anos após liderar o movimento “Se liga, 16!”, criado para atrair a atenção de adolescentes para as eleições de 1989, a jornalista Manuela Pinho, 50 anos, se vê em sua filha. Depois de batalhar para que a faixa etária entre 16 e 18 anos conquistasse o direito ao voto — e comparecesse às urnas —, chegou o dia em que sua filha Helena, de 15 anos, tirou o título de eleitor (ela vai completar 16 antes da eleição de outubro). Essa contextualização foi publicada na Folha de S. Paulo, domingo, mostrando foto de Manuela jovem e agora, aos 50.
Em julho de 1989, revela a reportagem, ela entregou nas mãos do presidente do TSE, o ministro Francisco Rezek, um vídeo que foi transmitido no horário eleitoral gratuito da TV. Nele, convocava os adolescentes a participar das eleições, as primeiras de voto direto desde o fim da ditadura militar e também a primeira aberta a eleitores com idade de 16 a 18 anos — uma prerrogativa inscrita na Constituição de 1988
Manuela é filha do ator Otávio Augusto (pai também de outra moça, a Mariana). Engajada em movimentos sociais e políticos desde jovem, mantém até hoje a atuação política de esquerda. Atualmente, é assessora de imprensa do ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ).