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Francisco Beltrão
segunda-feira, 16 de junho de 2025

Edição 8.227

17/06/2025

Perspectiva é de melhora no preço ao produtor

JdeB – A 16ª Festa do Leitão Maturado de Itapejara D’Oeste, no último domingo, 1º de maio, aconteceu numa época em que a suinocultura vive uma situação muito difícil. As entidades do setor pedem a ajuda das autoridades governamentais porque os custos de produção aumentaram muito com a frustração de safra de milho e soja e o consequente aumento destas duas commodities. Os custos de produção, sobretudo para produtores independentes, se tornaram insustentáveis. Os preços das sacas de milho e soja, dois dos componentes mais importantes para a alimentação e composição da ração para os suínos, reduziram muito a rentabilidade para estes produtores.

Jacir Dariva, da APS.

Jacir Dariva, produtor em Itapejara e presidente da Associação Paranaense de Suinocultores disse ao JdeB que “a suinocultura passa por um momento muito difícil, esses eventos [festa do leitão] servem pra gente fomentar o consumo de carne suína, mas a gente sabe que isso é uma coisa pequena, que lá na frente pode ajudar em alguma coisa. Com certeza, hoje nós temos alguma coisa de melhora no preço do suíno [ao produtor] e logo, logo, se as coisas correrem dentro do programado, os suinocultores, no mínimo, terão a remuneração do custo de produção”.

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Conforme a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), a estimativa de boa produção na segunda safra de milho (no Brasil a previsão é de 88 milhões de toneladas) e a valorização do real frente ao dólar já provocaram uma queda de 14% no preço do milho recebido pelo produtor em relação a março. Na semana passada, a cotação da saca de 60 quilos estava em torno de R$ 71. De outro lado, o enxugamento dos plantéis nas granjas de suinocultores independentes, nos últimos meses, começa a ter reflexos agora. O preço do quilo vivo do suíno teve um pequeno aumento e a perspectiva é que aumente ainda mais. Normalmente, nos meses de outono-inverno cresce o consumo de carne suína no Brasil.

Jacir Dariva conta que muitos produtores independentes descartaram matrizes e animais leves e as cooperativas e integradoras de suínos procuraram estabilizar e reduzir os plantéis para um ajuste no mercado. Assim, com oferta menor de suínos, a tendência é de aumento no preço. O presidente da APS comenta que a queda de 25% a 30% no preço da saca do milho também tem um impacto no custo final dos animais produzidos nas granjas.

Pautas das entidades

As associações de criadores de suínos entregaram aos governos estaduais e federal uma pauta com várias reivindicações para auxiliar os produtores. Há possibilidade de ser atendido o pedido de retenção de matrizes. Nesta pauta, o governo pode liberar um valor por matriz (porca) para a compra de insumos e, assim, o suinocultor pode manter estes animais.

Em relação à renegociação de dívidas, Jacir diz que está difícil o convencimento do governo. “Tudo depende do ministro da Economia, Paulo Guedes.” *Com informações da Seab-PR.

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