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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Não gastar mais do que ganha

Outra tentação é a utilização daquele limite que você tem na sua conta. Você pode pensar que é só dessa vez, mas o cérebro se acostuma e isso pode virar um hábito e o risco de perder o controle é grande.

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Em se tratando de finanças, uma das atitudes mais desastrosas que um indivíduo pode ter é a de manter um padrão de vida acima dos seus rendimentos. Essa situação é característica de tempos de recessão.

Conforme um estudo feito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o endividamento privado pós-pandemia é crescente, muito por causa das medidas de facilitação do crédito, em particular nas fases mais complicadas, em que ocorreram as políticas de estímulos ao crédito, ajudando que a crise fosse ainda pior. Contudo, a conta está chegando agora. São tempos assim que bagunçam a cabeça e as finanças de pessoas.

Como a inflação aumentou e a renda estagnou, o que a pessoa comprava a um ano atrás, não consegue adquirir mais com o mesmo valor. Por isso, se a pessoa quiser fazer as mesmas coisas, comprar as mesmas coisas, ou seja, manter o padrão de vida, ou ela procura meios para aumentar a renda, ou se endivida, ou diminui o consumo.

Para evitar problemas, é necessário repensar os gastos como: plano de saúde, escola dos filhos, aluguel, parcelas do carro, incluindo impostos e gastos de manutenção, entre outras despesas. É importante entender que este sacrifício é temporário, sendo possível voltar aos padrões anteriores, quando o cenário estiver favorável.

É comum as pessoas ativarem o cartão de crédito, seja pelo formato que ajuda no controle, ou para ganhar milhas e outros benefícios oferecidos, porém essa atitude pode facilitar a compra por impulso, pois existe a tentação ao consumo e a facilidade que o cartão oferece na compra — basta aproximar, hoje em dia, e pronto, sua compra foi realizada! Também não é tão incomum as pessoas parcelarem a fatura do cartão. Se isso acontecer é um sinal de que os gastos estão fora de controle.

O parcelamento é, no fundo, um empréstimo, e que contém juros. Outra tentação é a utilização do cheque especial, aquele limite que você tem na sua conta. Você pode pensar que é só dessa vez, mas o cérebro se acostuma e isso pode virar um hábito e o risco de perder o controle é grande.

Se os seus gastos estão fora de controle, pense no caso de uma doença, com certeza não haverá poupança para recuperação, seja para realizar consultas ou compra de remédios, ou ambos. Mesmo quem tem planos de saúde, algumas coisas não possuem cobertura, ou a cobertura é parcial. Sendo assim, procure manter uma reserva de emergência, e caso não consiga fazer isso em curto prazo, deixe os limites e parcelamentos do cartão para essas situações.

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