A proposta é que sejam contratados professores de Educação Física.
Da assessoria e JdeB – Os brasileiros de cerca de cinco mil municípios terão reforço para uma vida mais saudável. O Ministério da Saúde lançou o Programa de Incentivo de Atividade Física (IAF) para a Atenção Primária à Saúde, no Rio de Janeiro, dia 15. Com cerca de R$ 100 milhões de investimentos, em 2022, a ação promete incentivar a contratação de profissionais de Educação Física, readequação de espaços para a prática de exercícios e compra de materiais.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comenta que “incentivar a prática de atividades físicas é também promover saúde. Nosso objetivo é levar a mensagem de que essa prática é uma medida simples que não requer tratamentos com medicamentos caros e que reduz a mortalidade por doenças cardiovasculares, AVC e também o câncer”.
O objetivo do programa é estimular a realização de atividade física, principalmente entre pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, por meio da inserção destas atividades na rotina dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Para 2023, a previsão é de mais um investimento de R$ 220 milhões para ampliar o programa.
“Por ano, serão R$ 170 milhões para toda a Atenção Primária do País. Enquanto as gestões passadas tiraram os profissionais de Educação Física da APS, o governo do presidente Bolsonaro traz esses profissionais de volta para dar atenção à saúde da população. Inclusive, essa inciativa é um dos seis compromissos do governo do presidente Bolsonaro, integralmente cumpridos”, contou o secretário Raphael.
Os municípios já podem pleitear o credenciamento de estabelecimentos de saúde da Atenção Primária à Saúde para participar da ação, por meio do portal e-Gestor.
Benefícios e prevenção
A prática regular de atividade física contribui para a proteção e combate às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como câncer de mama e de cólon, diabetes, cardiopatia e eventos de acidente vascular cerebral; além de estar relacionada a um menor índice de mortalidade por todas as causas. A atividade física é considerada um dos determinantes e condicionantes para a saúde no País. No Brasil, dados de 2021 apontaram que 48,2% da população com 18 anos ou mais das capitais não atendia ao mínimo de atividade física recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, sendo que as mulheres (55,7%) e os idosos (73,0%) apresentaram as maiores prevalências.
Os altos índices de inatividade física acarretam em impactos econômicos aos sistemas de saúde. No Brasil, estima-se que do total de internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 15% seja atribuído à inatividade física, resultando em um custo aproximado de R$ 275.646.877,64.
O diretor da Secretaria de Esporte de Francisco Beltrão, professor Almir Hugo Lopes, diz que o objetivo deste programa “é bem interessante: promover a saúde através do esporte. A gente pode incluir atividades no dia a dia. Vai fazer com que as pessoas se movimentem no dia a dia”.
A enfermeira Valquiria Predebom, coordenadora do Setor de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde de Beltrão, considera ótimo o programa. “Nós temos pessoas doentes com reumatismo e os fibromiálgicos. O pessoal faz tratamento médico e precisa da prática de exercícios.
“O exercício físico para quem tem fibromialgia é fundamental.”
Mas Almir e Valquiria ressaltam que há programas do governo federal que fazem algumas exigências. Por isso, nem sempre os programas governamentais podem contemplar todos os municípios.