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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Deputados criticam possível aumento do pedágio sem mesmo haver pedágio

Luciana Rafagnin: “Se anunciam aumento assim antes das concessões, imagina depois, com 30 anos de exploração.”; Nelson Luersen: “Tudo poderá ser questionado, nada será imposto pela ANTT sem ouvir a Assembleia”.

JdeB – Nesta semana, o site “Bem Paraná” informou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU) um novo estudo que prevê aumento de 23,3% nas tarifas do lote 2 (região de São José dos Pinhais) dos novos pedágios do Paraná, que estão previstos para irem à leilão no fim do ano.

Isso causou revolta nos deputados sudoestinos Nelson Luersen (União Brasil) e Luciana Rafagnin (PT).

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“É absurdo e insustentável! Da forma como já está com o preço do combustível hoje, o alto custo de vida, o empobrecimento da população e o impacto nos custos de produção, não dá pra concordar com essa medida. Tudo vai subir em decorrência, gerando inflação e mais desemprego”, desabafou Luciana.

Para o deputado Luersen, “tudo poderá ser questionado, nada será imposto pela ANTT sem ouvir a Assembleia Legislativa, o governo do Estado e os parlamentares federais, a concessão só vai acontecer se tivermos um preço justo e obras nas rodovias do Estado”.

Sudoeste terá pedágio

Em maio, o órgão já havia previsto aumento de 30% nas tarifas do lote 1 (região de Irati e Lapa). Em ambos os casos, a justificativa é o aumento de custos e a inflação. Ambos os aumentos seriam aplicados sobre as tarifas básicas projetadas para as novas concessões.Outros quatro lotes devem ser concedidos (um deles, o 6, para o Sudoeste), mas ainda não há cálculos oficiais sobre o aumento das tarifas neles.

“Nossa maior preocupação, neste momento, é com a conservação das rodovias por parte do Dnit e do DER. Eu acredito que o processo licitatório está longe de acontecer”, assinalou Luersen.

Luciana destaca: “O governo deveria estar concentrando seus esforços em gerar trabalho e renda e em socorrer as famílias vulneráveis para retomar o crescimento da economia. Mas não prejudicar ainda mais o sustento delas.
E falar de pedágio no Paraná é lembrar de um verdadeiro assalto, da prática de uma das tarifas mais caras do País. Se anuncia aumento assim antes da renovação das concessões, imagina o quanto ficará mais caro depois, com uma exploração de 30 anos? É realmente insustentável, abusivo! Não se pode concordar com isso!”.

De acordo com a notícia do Bem Paraná, o documento da Agência Nacional alega que houve aumento de 27% no rol de investimentos que devem ser feitos pelas futuras concessionárias, que passariam de R$ 5,6 bilhões para R$ 6,4 bilhões.

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