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Francisco Beltrão
segunda-feira, 16 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Educação socioemocional potencializa autoconhecimento e empatia

Os estudantes não precisam apenas dominar os conceitos de Física, Português, Matemática, necessitam, cada vez mais, aprender a se relacionar com o outro e consigo mesmo.

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Professora Juliana em aula, com o 1º ano, trabalhando o tema “Controlar as reações e pensar nas consequências de seus atos”.

JdeB – Hoje, a Educação Socioemocional está inserida no currículo do Colégio Nossa Senhora da Glória como um componente curricular, com o objetivo de desenvolver as habilidades socioemocionais dos estudantes. A matriz socioemocional foi desenvolvida pela Rede das Irmãs Escolares, baseada na BNCC e nas habilidades do século 21 e, a partir dessa matriz, o Colégio desenvolveu o seu próprio projeto socioemocional pensando da formação integral dos estudantes.

Segundo as professoras Roberta Tomazoni Túrmina e Juliana Cavalheiro, o Programa Laboratório Inteligência de Vida (LIV) complementa essa proposta, pois foi o programa que mais se aproximou dos valores da instituição. Professora Juliana ministra as aulas para os alunos do 1º ao 4º ano e a professora Roberta, para os alunos do 5º ao 9º ano. “No Ensino Médio, tem o Itinerário Projeto de Vida que, além de orientar os estudantes a fazerem a escolha certa, trabalha com as habilidades socioemocionais”, explica a professora Juliana.

Ela acrescenta que a educação socioemocional vem para dentro da escola, porque compreende-se hoje, que o ser humano não precisa apenas dominar os conceitos de Física, Português, Matemática, mas, também, precisa aprender a se relacionar com o outro e consigo mesmo. “Não se coloca de lado os conceitos, mas trabalha-se em conjunto agregando o autoconhecimento, a autorregulação, a empatia e o relacionamento, entre outras habilidades. Não vivemos sozinhos, vivemos em grupo e a intenção é que possamos viver melhor e se relacionar melhor com este grupo.”

Professora de socioemocional e educação especial, Roberta Tomazoni Túrmina.

Para trabalhar as competências socioemocionais é importante utilizar vários recursos como jogos, vivências, artes, metáforas, entre outros. A proposta do Colégio é cada turma trabalhar uma habilidade. No 1º ano, trabalha-se o autoconhecimento; a criança conhece as emoções e nomeia os sentimentos. No 2º ano, aborda-se a empatia, a importância de compreender o que o outro está sentindo e a importância do respeito aos sentimentos dos outros. No 3º ano, trabalha-se com os relacionamentos, abordando questões como apelidos em sala de aula e a necessidade do respeito. No 4º ano, são reforçadas as questões de comunicação, proatividade, criatividade, pensamento crítico, perseverança e colaboração. “A autorregulação, que é como eu vou reagir a tudo o que me acontece a nível emocional, vem como tema transversal, sendo trabalhada do 1º ao 9º ano”, diz professora Juliana. 

A partir do 5º ano, com a professora Roberta, aborda-se uma reflexão a partir de como as crianças podem agir no mundo e fazer a diferença. “ Iniciamos conhecendo as crianças que já fizeram diferença no mundo. Como elas conseguiram ajudar o outro. A partir dessas reflexões mostramos a importância de ser colaborativo com o colega e não ter dificuldade de se relacionar, ter facilidade para ter amizades.”

No 6º ano, vem a questão do bullying. É importante que os estudantes percebam que não tem graça tirar sarro do outro, que isso faz mal tanto para quem faz o bullying quanto para quem recebe. No 7º ano, é a hora de soltar a sua voz. Identificar como as pessoas que trabalham com música fazem a diferença no mundo. No 8º ano, é trabalhado sobre a história de vida de cada estudante. “No 9º ano, finalizamos com a conexão e conectividade, porque hoje em dia é tudo tecnológico. Você tem amizade só pela internet? Você consegue se desligar das tecnologias? Você consegue conversar além das redes sociais?”

Professora Roberta ressalta que o Laboratório Inteligência e Vida (LIV) é o material de suporte, para trabalhar a educação socioemocional, adaptado à realidade da escola. “Estamos elaborando uma rede de apoio, que é uma roda de conversa com mães do 1º ao 5º ano, para falar sobre maternidade. Isso acontecerá também com pais, avós, irmãos, para que a família compreenda o que estamos trabalhando em sala de aula com os alunos.” 

Importante para toda a família

Marieli Pimentel, mãe de Eduardo, do 6º ano, e dos gêmeos Lucas e Leonardo, do 2º ano, está satisfeita com a inclusão da disciplina de Educação Socioemocional. “Na minha casa, estamos adorando, porque eu acredito que contribui com o desenvolvimento das habilidades das crianças e é importante ter autoconhecimento do que a gente tem medo e para gente conhecer os filhos, a dificuldade que eles têm, é muito válido.”

Marieli destaca que cada um dos três filhos tem uma personalidade, assim como cada criança na escola tem uma personalidade diferente.

“Eu acho de extrema importância trabalhar isso, para que as crianças entendam que todos somos diferentes e aprender o respeito. É importante para eles se conhecerem. Às vezes passam coisas despercebidas e é importante dar uma atenção, fazer uma conversa, pra que eles consigam se desenvolver melhor tanto na escola, quanto entre colegas e na própria família.”

Na semana do Dia das Mães, Marieli relembra que a escola promoveu um encontro sobre amor e afeto com algumas mães. “Foi uma troca de experiências, também foi muito válido, importante para identificarmos a forma como vamos criando memórias nos nossos filhos, além da importância de manter o vínculo de família. Para nós, a educação socioemocional que está sendo instituída no Colégio, é de extrema qualidade.” 

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