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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Após recomendação do MP, professores devem seguir com “Operação Tartaruga”, diz sindicato

Terça-feira de paralisação dos professores municipais de Francisco Beltrão: aulas nas escolas começaram às 8h30 e 14h30; às 9h30 nos Cmeis. Foto: Flávio Pedron.

JdeB – “Os professores vão continuar a Operação Tartaruga”, declarou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Francisco Beltrão (Sintepfb), Lirani Mieski. O movimento iniciado ontem, 5, em escolas e Centros de Educação Infantil (Cmeis), fez com que os professores começassem a dar aula mais tarde. A mobilização pede que o prefeito Cleber Fontana pague o reajuste do piso salarial da classe previsto no plano de cargos e salários.

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O ato fez com que os pais ficassem com os filhos até 8h30, no caso de estudantes das escolas, e até 9h30, para quem tem crianças matriculadas nos Cmeis. Diante do impasse, o Ministério Público do Paraná, através da Vara da Infância e da Juventude de Francisco Beltrão, determinou que o movimento não impeça a entrada dos alunos nas instituições e que os profissionais públicos que quiserem trabalhar não sejam impedidos.

“[…] Que cesse, em 24 horas, a prática de todo e qualquer ato que vise impedir que servidores públicos municipais, que atuam em áreas afetas à infância e juventude, tenham acesso aos seus locais de trabalho e desempenhar normalmente suas funções, sob pena de serem tomadas as medidas legais cabíveis”, diz a nota assinada pela promotora de Justiça Camille Marques Dib Crippa.

De acordo com o MP, o sindicato tem até 24 horas após o recebimento do documento, para se manifestar e tomar providências.

Em entrevista ao JdeB, Lireni Maieski disse que o Sintepfb cumprirá a recomendação se pronunciando, mas que a paralisação seguirá até sexta-feira, 8, caso não haja uma negociação com a administração municipal.

“A nossa mobilização continua. A adesão foi boa, praticamente em todo o lugar foi de 100%, salvo alguns estagiários ou PSS que foram coagidos com a nota pública, na qual o prefeito disse que poderia demiti-los. Hoje houve outras formas de coação. Os estagiários que não trabalharam ganharam a conta, mas se voltarem a trabalhar hoje cedo não ganham.”

A professora e sindicalista diz que a recomendação do MP considera leis burladas, mas que o setor da educação tem direitos não cumpridos. “Quando ele (prefeito) não negocia o que nos é de direito, que está no plano, também está burlando. A coação é uma forma de ferir o direito de greve, que é constitucional.”

Procurada pela reportagem, a Prefeitura não se manifestou sobre os desdobramentos do primeiro dia da “Operação Tartaruga”.

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