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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Chuva de enchentes provocou alagamentos em Beltrão; canal do Marrecas teve que ser usado

Máquina da Siton abre o canal que leva águas do Marrecas para o túnel do Parque de Exposições.

JdeB – Choveu muito, na região, durante a tarde de quarta-feira, até a madrugada de ontem. Em apenas 11 horas, na cidade de Francisco Beltrão teve precipitações que variaram de 115 a 142 milímetros.

Chuva de enchente. Daquelas de deixar muitos preocupados com alagamentos. Menos preocupação que uma vez, porque, como se viu na última grande chuva, porque o canal retirou boa parte das águas do Rio Marrecas, deixando a impressão de que o tempo das enchentes já passou. Para o pessoal da Prefeitura, o atendimento foi iniciado ainda na madrugada.

Ontem cedo, a Siton do Brasil Eireli, empresa responsável pela abertura do canal e o túnel de conten-ção das cheias do Marrecas, divulgou uma nota comunicando que, para o andamento das obras, foi necessário erguer uma barragem provisória para conter as águas do rio. Mas o rio começou a encher e, ainda de manhã, a empresa abriu o canal, melhorando a vazão.

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O secretário do Planejamento, Alexandre Pécoits, que acompanhou o trabalho das máquinas abrindo o canal, informava ao JdeB que ainda falta afundar o canal. Quando estiver pronto, terá vazão muito maior.

A elevação das águas do Marrecas seguiu roteiros de enchentes passadas. Horas depois que para a chuva, vai chegando a água da chuva ocorrida nas cabeceiras.

Chuvas variadas

Uma discussão de ontem, através das redes sociais, era sobre o volume de chuvas desta enchente. A estação meteorológica do IDR (no Morro da caixa d’água da Sanepar) registrou 142 milímetros e do Simepar (no morro do Aeroporto Paulo Abdala), 115. Tinha gente contestando, principalmente quem reside para o lado Sul da cidade. Do Rio Quibebe, Joacir Guadagnin disse que nunca tinha visto o Marrecas tão alto por lá, que os números da meteorologia deviam estar errados, porque, na sua estimativa, devia ser chuva “de 180 a 200 milímetros”.

Alberto Botega, morador do Rio Quibebe, não pôde dar números precisos, mas comprovou que, em sua casa, choveu mais do que na cidade. Seu pluviômetro marcou 150 milímetros e depois “vazou por fora”. Lá, portanto, choveu no mínimo 150 milímetros.

“A quantidade de chuva foi bastante variada, como podemos ver nos pluviômetros oficiais que tem em vários pontos da cidade. Aqui da estação do IDR registramos 142mm, já o pluviômetro dos Bombeiros marcou 139 mm, uma grande diferença entre um local e outro”, informou o observador meteorológico Josmar Ramos, do IDR.

Josmar também divulgou vídeo mostrando alagamento na Linha Petrópolis, as águas passaram sobre uma ponte, invadiram propriedades e um conjunto habitacional.

Variação de 17 a 146 milímetros

A variação da chuva destes dias 17 e 18 de agosto também podem ser comprovadas pelos índices plu-viométricos anotados pela Coasul, em vários locais que a cooperativa possui estruturas de comerciali-zação de produtos:

Marmeleiro: 146 mm

Eneas Marques: 130 mm

Itapejara D’Oeste/Barra Grande: 122 mm

Francisco Beltrão: (Linha Gaúcha) 110 mm

Ampere: 100 mm

Bom Sucesso do Sul: 90 mm

Verê: 88 mm

Nova Esperança do Sudoeste: 70 mm

São J. D’Oeste: 56 mm

Salto do Lontra: 17 mm

São João: 17 mm

Em São Jorge D’Oeste, o empresário Erno Wulff registrou em seu pluviômetro 62,5 mm, número próximo ao da Coasul. A diferença de 6,5 mm mostra a variação ocorrida na mesma cidade.

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