
JdeB e ABr – Divulgado ontem de tarde, o levantamento da Paraná Pesquisa animou os bolsonaristas. A distância entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) é de cinco pontos. Em percentuais arredondados, Lula tem 42%, Bolsonaro 37%, Ciro Gomes (PDT) 7% e Simone Tebet (MDB) 3%.
Os demais ficam abaixo de 1%: Pablo Marçal (Pros) 0,4% e Vera Lúcia Salgado (PSTU) 0,2%; José Maria Eymael (DC), Felipe Dávila (Novo), Léo Péricles (Unidade Popular), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB) e Soraya Thronicke (União Brasil) foram citados por 0,1%.
Os que não souberam ou não quiseram responder somaram 4%, e brancos e nulos foram 7%.
O levantamento ouviu 2.020 eleitores com 16 anos ou mais nos 26 estados e no Distrito Federal, entre 19 e 23 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o nº BR 3.138/2022.
Avaliação e rejeição
Ainda de acordo com a Paraná Pesquisa, o presidente Bolsonaro tem uma taxa de desaprovação de 50% e outros 46% aprovam o governo.
A rejeição de Bolsonaro é de 50%, enquanto a de Lula fica em 44%.
Simone Tebet defende mais segurança
Entre as propostas na área de Segurança Pública, Simone Tebet prometeu criar o Ministério Nacional da Segurança Pública. A candidata destacou que a maior parte das drogas e das armas brasileiras entram pelos estados fronteiriços, especialmente pelo Mato Grosso do Sul. “Só se combate o narcotráfico, o crime organizado, com o apoio coordenado da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Federal, das Forças Armadas Brasileiras. É uma responsabilidade dos governos federais com os governos estaduais.”
Sobre política de armamento, a candidata prometeu revogar os decretos que ampliam o acesso às armas. “Eu sou radicalmente contra o porte de armas no Brasil”, declarou a candidata do MDB.
Entrevista de Ciro Gomes no JN foi “de boa”
A entrevista do candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) no Jornal Nacional de terça-feira foi tranquila, “de boa”, sem a tensão que por vezes se viu na estreia das sabatinas, com o presidente Jair Bolsonaro (PL), segunda-feira.
Ciro falou, por exemplo, de renda mínima de R$ 1 mil para famílias pobres, e também em taxar os mais ricos do Brasil — aqueles que têm patrimônio superior a R$ 20 milhões. Segundo ele, “seria apenas 50 centavos de cada cem reais que seria recolhido para ajudar os mais necessitados”.
Também disse que politicamente faria uma aliança com governadores e prefeitos para obter maioria no Congresso Nacional, porque apresentaria um programa que beneficiaria estados e municípios.
Segundo o site Poder360, o candidato do PDT falou durante 30 minutos (dos 40 minutos de entrevista). Para efeito comparativo, segunda-feira com Bolsonaro os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos falaram 15 minutos, e o presidente, 25. A audiência de Ciro foi de 28 pontos (de Bolsonaro, 33, recorde do ano para o Jornal Nacional).
Ciro prometeu também que, se eleito, abrirá mão da reeleição. No fim, pediu uma chance para o eleitorado. Disse que quem não gosta do Bolsonaro, pode votar nele; e quem não gosta do Lula, também pode votar nele, daí ele vai para o segundo turno. Também anunciou que sábado entra no ar a “TV Ciro” pelas redes sociais.
Hoje a entrevista será com o ex-presidente Lula (PT) e amanhã com Simone Tebet (MDB).