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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Alvarino Cesar foi o boêmio dos boêmios

Hoje vamos fazer uma homenagem para o seu Alvarino Cesar, que sempre levou uma vida de boêmio. Desde menino ele  cantava, trovava  e tocava violão. Alvarino era natural de Candelária (RS). Nasceu dia 10 de maio de 1950. Em 1955, com  sua família, chegou no Rio Gamela, em Eneas Marques. Em 1958 a família mudou para a comunidade da Barra Escondida, em Francisco Beltrão. Em 1971, Alvarino casou-se com Nelci de Almeida. Vilmar, o primeiro filho do casal, nasceu em 1972.

Depois nasceram Adelar, Jair e Valmir.  Vilmar guarda boas recordações da sua infância com o pai. Eles iam juntos nas bodegas do interior, eles chegavam de tardinha e só voltavam pra casa de madrugada.  Ele lembra que domingo de noite teve um tempo que quando vinham em uma Toyota Bandeirantes até o CTG Recordando os Pagos, em Beltrão, onde  tinha um programa que era apresentado ao vivo por Flávio Ferlin, com músicas sertaneja e boêmias, seu Alvarino cantava. Em 1986, Alvarino vendeu o sítio para o João Koerich, do Rio Tuna, e como parte do pagamento da propriedade recebeu uma kombi no negócio. Que era usada pelo seu  João  transportar os alunos. Após fechar o negócio do sítio, mudaram para o Bairro Pinheirinho, em Beltrão. Na época só tinha algumas casas e a hipica, lugar das corridas de cavalo.

Alvarino trabalhou na  Sementes Franciosi, depois mudou para o Frigorífico Chapecó. Depois formou uma equipe de carregamento para puxar frangos do interior até o Frigorífico Chapecó. Na época tinha também o pessoal do Jacinto, que fazia carregamento. Alvarino arrendava pedaço de terra dos seus amigos Luiz Zanella e Fabiano Pickler, do Rio Tuna, onde fazia suas  plantações. Anos depois, Alvarino se separou da esposa. Segundo o filho Vilmar, ele perdeu as contas de quantas vezes seu pai se relacionou com mulheres, foram muitas, ele deixava de uma e já arrumava outra. Mas o mais importante é que Alvarino  sempre ficava de bem com todas elas. Alvarino teve uma filha, a Glória, de um relacionamento. Vilmar conta  um pouco de como era o estilo de vida do seu pai.  Ele ia todos os dias nas bodegas beber, mas bebia  moderadamente, nunca maltratava ninguém e nem ofendia.

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Seu horário de dormir era só de  madrugada. Nunca andava sem dinheiro no bolso, era um homem de muita coragem, agia sempre pelo certo, não tinha tristeza com ele, estava sempre à disposição para ajudar os amigos. Era um bom violeiro, cantador, trovador e dançador.  Tinha muita sorte com as mulheres, era um conquistador. Jogava muito bem baralho, sinuca, bocha e 48. Era uma pessoa honesta, compria com seus compromissos. Nunca ficou devendo um centavo em nenhuma bodega. Era muito devoto à Nossa Senhora Aparecida. Sua bebida preferida era a pinga e seu prato favorito era o churrasco de ponta de peito.

Alvarino faleceu dia 9 de agosto deste ano. A notícia de seu falecimento pegou seus amigos de surpresa. Seu corpo foi  velado na capela mortuária do Bairro Pinheirinho. Desde o momento que chegou na capela,  teve muita gente passando, centenas de pessoas marcaram presença em seu velório. Mesmo com uma noite muito fria, seus amigos ficaram o tempo todo ao seu lado. Teve momentos muito emocionantes, pois teve cantorias e trovas durante seu velório. Os trovadores Zé Medeiros, João Aliever e Ermar Ribeiro prestaram uma homenagem muito bonita, através de trovas.

Vilmar diz que por várias vezes durante o velório precisou da ajuda dos seus amigos Marcelo Mazetto e o Chico da Clair. Os amigos de bar do seu Alvarino vinham para o velório e alguns já aviam tomado vários goles, era preciso segurar o caixão para eles não derrubarem. A cena era engraçada, mas ao mesmo tempo a gente via a amizade verdadeira que eles tinham pelo pai. Seu corpo foi sepultado no cemitério da Comunidade do Rio Tuna.Acesse o jornaldebeltrao.com.br para ver Alvarino e o filho Valmir cantando “Pinga pura”.

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