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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Quem colocou os empregados contra os empresários?

A ideia de que os lucros têm origem apenas na apropriação indevida do valor gerado pelo trabalho e que os empregados são alienados e o empresário não trabalha é algo que ronda a cabeça de alguns. De forma mais direta, os detentores dos meios de produção exploram o trabalhador.

Ocorre que, se eliminarmos os empresários, alguém terá que realizar todas as funções que hoje são desempenhadas por eles e esse alguém receberia por esse trabalho organizativo, bem como um prêmio pelo risco assumido ao investir em máquinas, equipamentos, compras de insumos. Estes produtos podem ser perecíveis, com data de validade, e diversas outras variáveis de quem abre um negócio.

Em uma sociedade igualitária, a distribuição também seria igualitária, fazendo com que aquele mais competente, que se dedique e produza mais ganhe o mesmo que aquele que vai ao banheiro 20 vezes ao dia e protocole atestados de forma duvidosa. Afinal, basta uma busca rápida na internet, haverá dezenas de ensinamentos de como burlar um atestado. Caso todos fossem donos dos próprios meios de produção, deveriam poupar para repor mercadorias, manter e trocar máquinas e conservar seu meio de produção, contudo, haverá grupos que não conseguirão fazer isso, seja por questões de não entenderem a necessidade ou pela baixa demanda de seu produto ou por questões naturais como catástrofes.

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Devemos pensar que alguns setores são mais arriscados que outros. Nesse sentido, quem definiria quem irá para o mais arriscado e para o menos arriscado? Se todos migrarem para investimentos menos arriscados, o incentivo para novas tecnologias diminui, pois são caras e duvidosas.

No capitalismo, aquele que arrisca, leva o prêmio pelo risco, e as novas invenções facilitam a vida das pessoas como um todo. Outro ponto é a respeito da tributação, com carga tributária mais alta, o desestímulo a produção é consequente. Esse tipo de política leva à fuga do investimento, uma vez que começa a não valer a pena para quem empreende.

 No longo prazo, a falta de investimento reduz os salários, as contratações e prejudicaria a todos, funcionários e empresários e até mesmo o governo, que não conseguirá arrecadação para atender suas funções mais básicas e auxiliar aqueles que realmente necessitam.

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