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Francisco Beltrão
segunda-feira, 09 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Minha cidade mudou tanto

A cidade de Francisco Beltrão em foto da Semana da Pátria com a bandeira nacional na Torre da Concatedral.

Luiz Carlos Baggio – Não é todo mundo que vive numa cidade que se transforma em ritmo tão intenso, como a nossa. Aqui pudemos conhecer pessoas que chegaram bem antes e abriram picadas e clareiras para criar um povoado. Alguns deles ainda vivem, outros se foram; convivemos com tantos que hoje são nomes de avenidas, praças e ruas. É algo que somente uma cidade jovem pode proporcionar a seus habitantes.

Francisco Beltrão é uma obra em construção, pelo trabalho de muitas mãos. Resultado do esforço de gente corajosa, que não teme desafios. Povo pacífico, porém valente, que não vacilou e pegou em armas quando foi necessário defender o tão sonhado pedaço de terra. Hoje vivemos numa cidade tranquila.

Os índices de arrombamentos, assaltos e a criminalidade como um todo estão num patamar aceitável para uma cidade que se aproxima dos 100 mil habitantes. Há quem diga que gostaria que seu crescimento fosse tão acentuado, que ficasse naquele tamanho em que é possível conhecer quase todo mundo e cumprimentar as pessoas pelo nome.

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Não dá mais, há gente chegando todos os dias em busca de oportunidades, conhecimento e trabalho. O dinamismo é constante e faz com que a evolução seja responsável por mais evolução; um empreendimento que aqui se instala acaba atraindo outros e, com o passar do tempo, notamos que as coisas estão andando cada vez mais rápido, extrapolando planejamentos. A paisagem se transforma o tempo todo, mas não somente ela.

As pessoas também vão se modificando, novos hábitos vão sendo assimilados rapidamente. Ao olhar para as imagens do passado, podemos sentir uma pontinha de saudade, mas sabemos que é impossível retornar ao que passou. Não há como fugir da realidade, nem  lamentar as transformações. Só nos resta nos adaptarmos a elas e procurar usufruir dos benefícios que elas nos trazem. Se nos primeiros anos o povoado se restringia a um pequeno vale, margeando o rio Marrecas, logo ganhou as colinas, subindo morros e avançando por lavouras e potreiros.

A expansão é contínua, para todos os lados, a ponto de se fundir com Marmeleiro, a vizinha mais próxima. Lembro da Beltrão dos anos 80, quando aqui cheguei. Havia muitas construções de madeira, muitos sobrados em plena avenida, que com o passar dos anos foram substituídos por construções modernas e edifícios arrojados. A qualidade de vida melhorou, há serviços em todas as áreas, e aqui se consolidou um pólo universitário e de saúde. Nos seus parques ambientais, com lagos e área verde, todos têm acesso ao lazer e contato com a natureza. Há desafios, certamente; o trânsito é um deles.

As ruas parecem cada vez mais insuficientes para abrigar o fervilhante movimento, todos os dias. Se eu pudesse fazer um único pedido quanto ao futuro da minha cidade, gostaria que ela continuasse com esse jeito um tanto provinciano, em que as pessoas se conhecem, se cumprimentam e recebem calorosamente quem está chegando.

Que esse modo simples e tão nosso de conviver não se perca jamais!

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