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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Anarquistas, graças a Deus (Zélia Gattai) – Meninos, eu li

Quando tinha 63 anos, mais de 30 vivendo ao lado do consagrado escritor Jorge Amado, Zélia Gattai publicou seu primeiro livro. E apesar das comparações inevitáveis que sofreu, muitas vezes questionando se o sucesso na profissão estaria atrelado ao nome do marido, Zélia conseguiu criar uma marca própria de se fazer literatura. 

Lançado em 1979, “Anarquistas, graças a Deus” são memórias de infância da escritora. Memórias da infância vivida na ainda pacata São Paulo da década de 1920 e de um lar peculiar. Os pais de Zélia, apesar de serem italianos, tinham modos particulares de entender a vida. 

A mãe, Angelina Da Col, era católica e supersticiosa. Ernesto Gattai, o pai, anarquista. Os dois vieram para o Brasil no mesmo navio, o “Cittá di Roma”, na última década do século XIX, mas só se conheceram após desembarcarem no Porto de Santos. 

Durante a carreira, Zélia publicou somente um romance – “Crônica de uma namorada” -, enquanto lançou 11 livros de memórias, gênero que no Brasil não é tão difundido. E talvez a Senhora Amado seja seu maior expoente. 

Com capítulos curtos e histórias divertidas, “Anarquistas, graças a Deus” é leve e envolvente. Leitura para todas as idades. 

Referências

  • Título: Anarquistas, graças a Deus;
  • Gênero: Memórias;
  • Autor: Zélia Gattai;
  • Número de páginas: 344;
  • Editora: Companhia das Letras;
  • Ano de lançamento: 1979.

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