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Francisco Beltrão
domingo, 15 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Milho pode ter queda no potencial produtivo

JdeB – Muitas lavouras de milho da região de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos estão sofrendo pelo regime irregular de chuvas. Em algumas áreas vem caindo bom volume de chuvas, em outras menos e a consequência é a queda no potencial produtivo das lavouras. Na primeira safra, cujo período se estende de setembro a fevereiro, foram plantados 17.200 hectares de milho para grão e 32 mi hectares para uso como silagem na alimentação dos bovinos de leite. A área de cultivo da primeira safra tem se mantido estável nos últimos anos – faixa de 18 mil hectares.

Ricardo Kaspreski, engenheiro agrônomo do Deral/Seab, diz que o milho foi afetado mais que a soja. O plantio da cultura ocorre antes da soja e, agora, com a estiagem e altas temperaturas, acabou coincidindo com o período de florescimento e desenvolvimento das espigas. Isso afetou diretamente o potencial produtivo das lavouras. Conforme o Deral, no momento, em 20% das áreas a condição é ruim, em 40% é média e em outros 40% a situação é boa. As lavouras em condições ruins foram plantadas em áreas de solos rasos e que não foram afetadas pelas fortes chuvas de outubro.  A estimativa de produtividade média de dez mil quilos por hectare pode ter queda devido aos fatores climáticos. Mas ainda não há estimativas de perdas. Cleverson Penso, gerente dos entrepostos da Coasul – Cooperativa Agroindustrial – em Beltrão e Eneas Marques, tem opinião diferente. “O milho está bonito, não tá uma lavoura feia”, ressalta. As colheitas devem começar na primeira quinzena de janeiro, se intensificando ao longo do mês.  O agricultor Luiz Pagnan Júnior, do Rio Tuna, em Beltrão, relata que as suas lavouras desta cultura estão em boas condições. “A princípio, tão bem desenvolvidas, já tão em fase de enchimento de grão, indo pra finalizar o ciclo, aguardam mais uma chuva ou duas aí pra se finalizar o ciclo, mas em boa fase de desenvolvimento, bem estruturada”, informa.

A expectativa de Luiz Pagnan é de produção na média e dê bons preços da saca, “mas ainda temos bastante insegurança sobre a produção final, por conta do nosso clima aí, que não tá passando muita certeza”.

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Gilnei Zenatti, também do Rio Tuna, estava na expectativa de colher 500 sacas por alqueire, “mas não vai dar, o sol aí tá judiando muito. Vamos ver até o final, mas é difícil falar ainda”.

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