
JdeB – Quem tem gato e gosta de viajar sabe que nem sempre é fácil conciliar ter o bichano sempre por perto e novos ambientes. Por isso muita gente opta por deixar os gatos em casa ou com algum conhecido enquanto está viajando, prática que fica mais comum neste período de férias.
A médica veterinária Nathália Behne Branco, da Zoovet, lembra que apesar da fama de independente, o gato é um animal apegado à rotina e ao tutor, e alguns cuidados são essenciais para manter sua saúde enquanto os humanos estão fora de casa. “Gatos toleram melhor o fato de ficarem sozinhos do que o cão. Porém, em média, acima de 8 horas o gato já pode começar a sofrer mudanças comportamentais pela ausência de companhia”, lembra a profissional.
A veterinária lembra que os gatos podem se sentirem tristes e precisam de água fresca (trocada ao menos duas vezes por dia), alimento fresco e controlado, caixa de areia limpa mais de uma vez por dia e de estímulos e brincadeiras para gastar energia.
A solidão pode desencadear mudanças de comportamento, ansiedade e depressão, além de colocar o animal em risco, como morder fios de eletricidade, ficar preso em móveis, ingerir plantas tóxicas ou fugir. “Quando o gato fica muito tempo sozinho, nos horários de pico de energia ele pode querer começar a explorar coisas e lugares na casa que ele não costuma explorar quando está na presença do tutor, e isso pode levar a vários acidentes”, comenta Nathália.
Pessoa de confiança ou hotel
A recomendação pra quem viaja e quer manter o bem-estar do pet é procurar uma cat sitter de confiança ou algum familiar ou amigo que conheça de gatos. As pessoas precisam ir ao local duas vezes por dia para interagir com o animal, limpar e disponibilizar comida e água fresca. Outra sugestão da veterinária é deixá-lo em um hotelzinho especializado, onde terá o suporte necessário e atenção durante todo o dia.
Cuidados ao deixar o bichano em casa
– Conferir se todas as portas e janelas estão bem fechadas. Isso evita que o felino escape ou sofra alguma queda.
– Garantir que ele tenha acesso a todos os recursos (comedouro, bebedouro, caminha, caixa de areia) – lembrando de manter as portas do cômodos abertas para que ele não se sinta confinado.
– Desligar todos os equipamentos eletrônicos, já que uma queda de energia pode causar faíscas e incêndios. Além disso, o animal pode acabar mordendo algum fio e se machucando.
– Tirar produtos de limpeza, remédios ou qualquer coisa que seja potencialmente tóxica do alcance dele. Deixe isso guardado em locais fechados e protegidos.
– Garantir que há ventilação ideal para que não fique muito calor.
– Oferecer água em abundância para que ele não as desidrate.