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Francisco Beltrão
sexta-feira, 27 de junho de 2025

Edição 8.234

27/06/2025

Moradora cria filhotes de gambás em casa para devolver à natureza

Ela ressalta a importância destes animais para controle de peçonhentos.

Seis filhotes de gambás estão sendo cuidados, e em dois meses devem ser devolvidos ao habitat natural. Foto: Arquivo pessoal.

Por Leandro Czerniaski – A beltronense Jhuly Ecker, moradora da Linha Santa Bárbara, “adotou” temporariamente seis filhotes de gambás que apareceram no sítio na manhã de Natal. Durante a madrugada, os cães da propriedade atacaram a mãe dos filhotes e, para que eles tivessem chance de sobreviver, Jhuly resgatou os bichinhos e se dedica à criação até que estejam prontos para voltar à natureza.

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Os cuidados são simples, segundo ela, e com orientações do médico veterinário José Carlos Zanella, da Planeta Bicho. “Eles ficam em um viveiro onde providenciamos galhos, folhas, troncos e um esconderijo para que possam se desenvolver em um ambiente semelhante ao habitat natural”, comenta. Nos primeiros dias, os animais eram alimentados com um leite especial para pets e papinha de frutas e legumes; agora já recebem ração seca para gatos e frutas inteiras.

Jhuly busca ter pouco contato com os gambás, mas semanalmente os pesa para acompanhar o ganho de peso. Atualmente estão com cerca de 150 gramas, sendo que o ideal para a soltura na natureza seja entre 400 e 500g. A perspectiva, é de que os filhotes ainda permaneçam por dois meses na adaptação. “Quando foram resgatados, eles ainda eram totalmente dependentes da mãe, iam aprender a se alimentar e se virar sozinhos, se não tivessem sido resgatados não iam sobreviver”, analisa.

Esta é a segunda vez que Jhuly resgata e cuida de filhotes de gambás. Ela aponta que o animal ainda é visto como asqueroso pelas pessoas, mas tem um papel fundamental no controle de pequenos roedores, baratas, aranhas e cobras. São considerados animais recicladores, mas como estão adaptados a ambientes que sofreram modificações pelos humanos, a relação geralmente é conturbada. Por isso Jhuly reforça que os gambás tenham a devida destinação quando são encontrados em áreas residenciais. “Os gambás são dóceis, só liberam o odor das glândulas ou mordem quando estão acuados e com medo. Quando as pessoas encontrarem algum animal destes, o correto é capturar e devolver em uma área de mata, que eles vão se adptar”, finaliza.

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