Shalom. Mais uma vez o assunto se trata das consequências do divórcio entre o casal e mais especificamente em relação à vida do filho ou dos filhos. Certamente que no ato do rompimento da relação conjugal, seja por meio de um acordo ou mesmo de uma decisão judicial nesse sentido, será fundamental o estabelecimento do regime de convivência desses pais separados em relação aos filhos menores.
É fato que o mais comum é que, além do estabelecimento do lar de referência numa guarda compartilhada, o outro genitor permaneça com a visitação em finais de semana ou mesmo em dias estabelecidos durante a semana. Também é sabido que em relação às férias, e aos demais dias festivos, poderá ser feito de forma intercalada, ou seja, conforme forem ocorrendo, pai, ou a mãe, ficará com as crianças nos dias previamente estabelecidos.
Mas em relação ao dia especial e intimamente ligado ao próprio filho, isto é, o seu aniversário? Como poderia ser estabelecida a convivência dos genitores? Inicialmente é importante registrar que ex-marido e ex-mulher não são obrigados a receber o antigo parceiro em sua residência para comemoração do aniversário do filho comum, salvo, é claro, se concordarem em que a festa seja realizada em outro local incluindo a possibilidade do convite de parentes e amigos de ambas as partes.
Mas como é de conhecimento de todos, o casal, após o divórcio, não tem a melhor convivência como se deveria esperar, muitas vezes, pelo contrário, os dissabores causados pelo fim do casamento continuam dando motivo para desavenças e discordâncias, não só entre si, mas, sobretudo, em relação à criação dos filhos.
Muitos adotam como solução para este problema que existam duas festas de aniversário: uma em cada período do dia na casa de cada um dos genitores. Aparentemente pode ser uma solução viável e a “menos pior” diante do cenário que se apresenta pela família que acabou e teve muitos laços rompidos, ainda que se saiba que pai e mãe continuam sendo da mesma forma em relação aos seus filhos.
Dessa forma, caso os desentendimentos sejam maiores do que o foco no bem comum relacionado às crianças, o mínimo de bom senso que se espera pode resolver muitos desses problemas, seja ou não com uma festa na casa de cada genitor, ou mesmo um convite civilizado para que, pelo menos no dia da festa voltada para o filho, os pais consigam se comportar e conviver amigavelmente.