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Francisco Beltrão
segunda-feira, 26 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Mesmo com menor custo, poucas casas de madeira foram construídas em 2022

Imóveis em madeira são raros na cidade, mas projetos se destacam. Foto: Leandro Czerniaski/JdeB.

Por Leandro Czerniaski – Chamam a atenção os números sobre a estrutura das obras que deram entrada na Prefeitura de Francisco Beltrão em 2022. De 164.826 metros² construídos, 163.761 são de alvenaria (99,35%), 928 mistas e apenas 136 de madeira (0,08%). Só isso? “O que passou por nós foi isso”, confirma a fiscal de obras Mariele Fontanella, da Secretaria Municipal de Obras e Viação.

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Uma casa ou duas apenas? Mas pode ser mais. Sônia Solano, proprietária da Madeiras Vila Nova, informa que tem vendido madeira para pessoas de baixo poder aquisitivo que constroem pequenas casas rodeadas com pinus, madeira de menor duração, mas que custa metade do pinheiro.

Também é possível que a metragem de casas de madeira seja maior, mas nem todas foram averbadas.

Diogo Sandrin, da Madeireira Sandrin (Bairro Alvorada), concorda que “muito poucas” casas de madeira são construídas. Mas elas são mais baratas: usando pinheiro, pode custar metade daquela de alvenaria. Um dos motivos da predominância de alvenaria, segundo Diogo, é que o governo não financia casas de madeira.

O empresário também informa que tem vendido muita madeira para casas mistas. “O padrão é os banheiros e piso de alvenaria e madeira em cima, mas casa inteira de madeira é pouca. Mista é preferida porque, somando a cerâmica e a mão de obra, compensa fazer mista. E a parede americana, aquela de tábuas deitadas, vende bastante. E se o governo financiasse, venderia mais.”

Outra informação do Diogo é que “antes da pandemia não compensava fazer casa de madeira, mas depois da pandemia voltou a ser um bom negócio” devido ao aumento maior nos custos da construção em alvenaria.

Construção civil retrai, mas mantém média

Nos últimos 20 anos, foram construídos mais de 3,3 milhões de m² em Francisco Beltrão. É o que apontam os dados da Secretaria de Viação e Obras, responsável pela concessão de alvarás para novas obras. No ano passado, o setor retraiu cerca de 39% em relação à 2021, quando bateu recorde de procura por novas construções. Mesmo assim, os dados de 2022 (164 mil m² solicitados) ficam na média dos últimos 20 anos, com 165 mil m² requisitados a cada ano.

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