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terça-feira, 10 de junho de 2025

Edição 8.222

10/06/2025

Aeroporto de Pato Branco se torna peça-chave no desenvolvimento econômico regional

Uso da linha aérea até Curitiba vem aumentando. Em 2019 teve 18.856 passageiros, em 2022 subiu para 26.190.

Avião ATR da Azul que faz a conexão Pato Branco a Curitiba. Foto: Niomar Pereira/JdeB.

Por Niomar Pereira – A linha aérea de Pato Branco a Curitiba está tendo grande movimentação de passageiros depois da pandemia de covid-19. Em 2019, antes das medidas mais restritivas de circulação, passaram pelo aeroporto 18.856 passageiros; em 2022, quando a sociedade voltou a viver normalmente, com a vacinação em massa das pessoas, a linha teve movimentação de 26.190 passageiros no aeroporto.

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Segundo Elenice Catafesta Smiderle, diretora do Departamento do Transporte Aéreo de Pato Branco, a expectativa para 2023 é ainda melhor, pois em 2019 o voo diário iniciou em agosto. Da mesma forma em 2022, os voos diários iniciaram em abril, sendo que de janeiro a março eram apenas três vezes na semana. Diferentemente deste ano, a linha está operando normalmente desde o início de janeiro.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Marcos Cola, diz que a taxa de ocupação está em torno de 70%, superior ao período pré-pandemia. “Não podemos afirmar que das linhas do interior é a mais utilizada, mas os números atuais e as projeções para o futuro indicam a necessidade da ampliação.” Um voo conectando Pato Branco a São Paulo está em fase de diálogo com a companhia aérea.

De acordo com ele, o município está fazendo a incorporação de aproximadamente 200.000 metros quadrados ao sítio aeroportuário e alteração de categoria do aeroporto para receber aeronaves a jato. Está previsto um novo terminal de passageiros com cerca de 6.000 metros quadrados. Novo pátio de aeronaves com três posições para jatos. Áreas de giro nas cabeceiras da pista de pousos e decolagens.

Ele informa que o equipamento de auxílio à navegação aérea (Papi) está instalado nas duas cabeceiras da pista, de pousos e decolagens, só aguardando a aferição por parte do Cindacta 2.

Marcos salienta que alguns projetos já estão em fase de compatibilização. O cronograma agora prevê Termo de Referência, depois edital e, então, licitação da obra do novo terminal de passageiros.

A previsão de recursos é da ordem de R$ 20 milhões do Governo do Estado e R$ 7 milhões de contrapartida do município. “Indenizações com desapropriações e obras com pista de taxiamento de aeronaves, pátio de aeronaves e áreas de giro nas cabeceiras da pista de pousos e decolagens mais R$ 30 milhões em recursos próprios do município.” Consolidando o papel do Aeroporto Juvenal Cardoso no desenvolvimento econômico regional e na atração de investimentos.

De Brasília a Pato Branco em poucas horas

Na semana passada a reportagem do JdeB teve oportunidade de fazer o trajeto Pato Branco a Curitiba com a linha aérea da Azul. Na ida, o voo aparentava 70% de ocupação dos assentos e no retorno a aeronave estava completamente lotada. Público composto majoritariamente por profissionais em viagens de negócios ou trabalho.

A professora Ketlyn Lucyani Olenka Rizzotto, da Unioeste de Francisco Beltrão,  utilizou pela primeira vez a linha de Pato Branco e elogiou a disponibilidade deste tipo de transporte no Sudoeste do Paraná. “Facilidade de chegar no mesmo dia ao destino, economia de tempo por não ter que ajustar muitas vezes ao transporte terrestre seja de ônibus ou carro.”

Adriana Honaiser Fávero, nutricionista, atualmente diretora de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde de Pato Branco, saiu de Brasília às 9h10 na quarta-feira, dia 5, e às 15h30, depois de pegar voos em São Paulo e Curitiba, estava no aeroporto de Pato Branco. Coisa impensável até pouco tempo. Adriana participou de uma reunião de trabalho no Ministério da Saúde. Conforme disse, esse encurtamento da região com os grandes centros é uma conquista para a região.

A beltronense Vanessa Schwingel, gerente de território de uma empresa de combustível, utiliza a linha aérea uma vez por mês para ir a Curitiba. “Eu acho ótimo, pois teria que ir de carro, assim vou de avião, muito mais seguro e rápido. Pena que não é em Francisco Beltrão, que aí não teríamos nem o deslocamento até Pato Branco, se tornando mais prático ainda.”

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