
Por Ricardo Carvalho Leme e Elaiz Aparecida Mensch Buffon – Entre os dias 28 de abril e 1º de maio aconteceu o trabalho de campo “Aspectos geoeconômicos, urbanos e ambientais do planalto dos campos gerais do Paraná e Curitiba”, que envolveu alunos dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Geografia da Unioeste, campus de Francisco Beltrão. Este trabalho de campo foi coordenado pelo professor dr. Ricardo Carvalho Leme, e teve ainda a participação dos professores Fernando dos Santos Sampaio, Rosana Cristina Biral Leme e Elaiz Aparecida Mensch Buffon e faz parte das atividades acadêmicas complementares do curso.
Teve também uma visita técnica na Defesa Civil Estadual do Paraná, coordenada pelo capitão Marcos Vidal da Silva Júnior, que detalhou a estrutura, a atuação e os projetos dessa instituição frente aos desastres, riscos e vulnerabilidades socioambientais. O grupo visitou a Torre Panorâmica da cidade de Curitiba. Do mirante teve uma aula sobre a urbanização e o planejamento urbano de Curitiba. Da Torre visualizaram a Serra do Mar, a Escarpa Devoniana e a região metropolitana.
Na sequência tiveram uma aula de campo no Parque Barigui sobre o planejamento e gestão ambiental da capital do estado. O Parque Barigui é palco para estudar aspectos legais e institucionais da criação de parques urbanos com funções socioambientais.
Domingo, dia 30, ocorreu a aula de campo no Parque Estadual do Guartelá e na Reserva Ecológica da Dora. Tanto no Parque quanto na Reserva foi possível visualizar in loco o Canyon mais longo do Brasil, e o 6º mais longo do mundo. O cerne da discussão nesse dia foi o estudo de problemas ambientais do presente, resultantes das relações estabelecidas entre a sociedade e natureza, à luz de condições diferenciadas de desenvolvimento social e da dinâmica e de processos naturais. Um dos pontos que chamou atenção dos estudantes foi o Arroio do Pedregulho, o mesmo que forma a Cachoeira da Ponte de Pedra, no Canyon Guartelá, e possui em seu leito várias cachoeiras, bem como as pinturas rupestres mapeadas e visualizadas na Reserva da Dora.
As visitas e explicações científicas sobre a geologia, geomorfologia e arqueologia foram realizadas pelos professores em conjunto com o secretário municipal de Turismo de Tibagi e proprietário da Reserva, Maurício Martins Pereira. Mauricio também proporcionou um almoço afetivo na Reserva, por meio do projeto regional “Partilha – comida com afeto”.
Ainda no Guartelá foi percorrida uma a trilha de 5 km, considerada leve, com duração de duas horas, passando pelo mirante principal construído em madeira, de onde se tem uma vista excepcional, cartão postal do Canyon do Rio Iapó. Na volta, a Cachoeira da Ponte de Pedra e pelos Panelões do Sumidouro. Dia 1º, as atividades foram realizadas no Parque Vila Velha, que é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Estadual. A visita foi guiada pelo geógrafo Alessandro Giulliano Chagas Silva, que em conjunto com os professores explicou o ciclo das rochas, através de trilhas nos Arenitos, nas Furnas e na Lagoa Dourada. O parque tem aproximadamente quatro mil hectares e conserva fragmentos da mata de Araucária e vegetação de Campos Nativos.
Os professores destacam que a história da Terra está escrita nas rochas, e, portanto, são consideradas livros que precisam ser estudadas in loco, para compreender as relações entre a sociedade e a natureza do presente.
A Unioeste oferece, em Beltrão, 40 vagas para a formação de professores (licenciatura) e 40 vagas para a formação de geógrafos (bacharelado). Ambos os cursos funcionam na sede da universidade, no bairro Vila Nova no período noturno. As formas de ingresso são através do vestibular.