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Francisco Beltrão
sábado, 14 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Agricultores conhecem as vantagens do controle integrado de pragas

Com as técnicas aprendidas na capacitação, agricultor pode reduzir o uso de químicos nas lavouras.

Pessoas de diferentes faixas de idade participaram do curso. Foto: Divulgação.

JdeB – O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é um dos cursos que o Sistema Faep/Senar disponibiliza para os agricultores. Recentemente, foi concluída uma turma para um grupo de produtores rurais de Salgado Filho. Com as informações recebidas e as práticas realizadas a campo, os participantes do treinamento conseguem aplicar os conhecimentos nas suas lavouras de milho e soja.

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Mas, mais que isso, conseguem reduzir a aplicação de produtos químicos nas lavouras para o combate de pragas e doenças. Ao adotar as técnicas sugeridas pelo MIP, o produtor tem custo menor de produção, consequentemente renda maior na colheita, desde que em condições normais de clima, e provoca menos impactos ao meio ambiente.

O curso tem 18 encontros e é ministrado por instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). José Vescovi, engenheiro agrônomo, ministrou o curso para uma turma de Salgado Filho.

Durante o treinamento, Vescovi fez o acompanhamento dos alunos e constatou que a média de aplicação de químicos nas lavouras das propriedades deste pessoal foi de 1,4 durante a safra e custo de R$ 245,26 por hectare. A produtividade média alcançada foi de 153,4 sacas de soja por hectare. A média de aplicações, no Paraná, é de três por safra. Em anos anteriores, antes de o MIP ter sido mais difundido pelo Senar-PR e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), a média chegava a quatro ou cinco aplicações por propriedade.

Menos aplicações

José Vescovi há anos ministra este curso na região, tem observado bons resultados e a redução do uso de químicos nas lavouras do pessoal que adota o MIP. “Com esse acompanhamento a gente tem observado e tem conseguido constatar que há uma redução significativa da aplicação de produtos na lavoura. Por exemplo, na soja, a gente tem feito o acompanhamento de várias lavouras há anos. Nós temos atingido uma média de uma a até por 1,5 aplicação de inseticidas durante o ciclo da lavoura e quando a média no Estado do Paraná do ano passado foi de 3 a 4 aplicações”.

Vescovi acrescenta que “uma coisa importante é a questão do produto: muitas vezes o produtor acaba usando mais do que um produto numa aplicação, dois ou três, e muitas vezes são desnecessários.”

MIP não é contra os químicos

Os produtores que participam do curso começaram a perceber resultados positivos. “Até no final do curso, eu pego todos os dados deles, faço o demonstrativo de custos que eles tiveram com as aplicações e a produtividade. Então, eles observam isso, eles mesmos veem que estavam, muitas vezes, usando insumos que poderiam ser utilizados de uma maneira mais correta. E uma coisa importante: a gente fala no MIP, que ninguém é contra a utilização dos insumos. O que nós preconizamos é que seja feita a utilização do insumo que precisa, aquele que é, de fato, necessário e no momento correto. Isso que é a diferença.” O engenheiro agrônomo destaca que, no final do curso, o agricultor vê os resultados, principalmente que ele não perdeu em produtividade e qualidade dos grãos ao usar as técnicas do MIP e que não há risco do uso destas técnicas. “Então, isso leva muitos a dar continuidade e é isso que nos interessa.”

Os participantes recebem conhecimentos teóricos e práticos. A capacitação é ofertada pelo Sistema Faep/Senar em parceria com os sindicatos rurais e, eventualmente, também em parceira com as prefeituras. O IDR-PR também auxilia na montagem das turmas.

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