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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Conheça museu onde é possível voar num avião de 80 anos

Aeronaves que fizeram história continuam sua jornada nos ares através do trabalho de um museu paranaense. 

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Foto: Fotos: Leandro Czerniaski/Gente do Sul.

Por Leandro Czerniaski – Dois hangares em Campo Largo guardam uma fatia da história da aviação mundial. Sob a guarda do WS Aircraft Museum estão mais de 20 aeronaves de diferentes fabricantes e épocas, utilizadas em viagens, treinamentos e até guerras. Há muitos modelos do período da Segunda Guerra Mundial e o avião mais antigo é um Waco QCF2 de 1931 e que ainda está em operação.

Manter essas aeronaves em condições de voo é um dos diferenciais do museu: a proposta é que o visitante possa ir além da mera observação e possa interagir realizando voos panorâmicos a bordo de um avião clássico.  A maioria do acervo está operante, o que mostra que, com o cuidado certo, essas máquinas ainda têm muita história pela frente.

“A maior importância dessa nossa iniciativa é a preservação histórica, para que as próximas gerações possam conhecer essas raridades e, talvez, desfrutem um pouco voando em tão belas máquinas. Temos algumas que foram utilizadas para treinamento pré-Segunda Guerra Mundial e outras tantas que fazem parte da evolução da aviação”, destaca Aristides Athayde Jr, o Tide, diretor do Museu.

Para os voos panorâmicos em aeronaves históricas é preciso seguir a regulamentação da área. Esse tipo de serviço tem que ser feito por empresa especializada e que tenha a aeronave certificada, seguindo processos de treinamento, manutenção e outros itens exigidos pela legislação de aviação civil.

O WS Museum está se preparando para abrir as portas com visitas guiadas de grupos e os voos panorâmicos, mas no mês passado trouxe à região uma amostra do seu trabalho de conservação, durante o show aéreo que comemorou os 70 anos do Aeroporto de Pato Branco e 19 do clube de aviação da cidade, em abril. No evento, voaram um T6 de 1943 e o Beech G18S dos anos 60 do museu, que fizeram companhia a um T6 da Helisul em um voo de apresentação.

Restauração é trabalho meticuloso e que exige habilidade

No acervo do museu, ao menos 17 aeronaves estão totalmente operacionais. Há quatro em processo de restauração ou montagem e duas já adquiridas no exterior aguardando traslado. A recuperação de um avião de época varia muito conforme as condições da aeronave, mas é um processo que leva, em média, um ano.

“O processo de restauração de aeronaves é um trabalho meticuloso e que exige muita habilidade. Muitas vezes encontramos aeronaves com partes um tanto danificadas pelo tempo e até com partes faltantes. Todo esse processo é baseado nos manuais do fabricante do modelo em que se trabalha e, no caso de ser uma aeronave homologada, também é um processo acompanhado pela própria Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)”, comenta Tide.

Mesmo havendo muitas peças no Brasil, em alguns casos é preciso recorrer ao país de origem do avião para trazer componentes e itens necessários à restauração. A equipe do WS Museum busca ter cuidado com adaptações, para não fugir ao que estipula o padrão do manual do fabricante.

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