
Sábado, 12 de agosto, em Cascavel, Bruno Slongo Pegoraro e Elis Marina Sanczkoski Pegoraro celebraram, com uma centena de convidados, seu casamento. Havia receio com o tempo, que choveu forte durante a manhã. Mas a tarde foi bem agradável, não tinha sol e não chovia. E a celebração pôde ser feita ao ar livre, como estava programado. Bruno (filho de Ivo e Irma Slongo Pegoraro) e Elis (filha de João e Sandra Lavoratti Sanczkoski) são naturais de Francisco Beltrão. Bruno mudou para Cascavel para cursar Ciências da Computação; Elis formou-se nutricionista na Unipar de Beltrão. Sobre o romance que os levou ao casamento, agora oficializado, quem contou foi a juíza de paz e celebrante Patrícia Francisco. Depois a noiva Elis apresentou um texto e o noivo Bruno, outro. Também foram apresentados textos enviados por Waleska Sanczkoski Zamprogna e os amigos Thiago Gomes Dantas Maffioletti e Aline Carla Gomes Maffioletti. Foi um casamento diferente. E emocionou muita gente.
As palavras da celebrante
A nossa vida é feita de momentos e todos esses momentos vividos acabam por se tornar lembranças e memórias, e dessa forma vamos construindo nossa história.
Nesse caso, essa história é um pouco diferente daquelas tradicionais e previsíveis, ela se construiu exatamente enquanto era despretensiosamente vivida, e vivida intensamente.
Eu começaria a contar dizendo que lá, desde o ínicio, 14 anos atrás, a vida já se encarregava de fazer de vocês uma grande família. Eu juro que tentei entender ao certo o papel de cada um nessa história, mas era o pai de um que trabalhou com pai do outro, que era irmão da tia que trabalhou com a mãe, que foi professora da hoje então nora, que tinha uma melhor amiga, que era irmã do melhor amigo do noivo, que era amigo daquela que hoje é cunhada, que se tornou muito amiga do melhor amigo do Bruno e por aí vai… um rolo só, que no fim resultou nessa bela história que vale muito a pena ser celebrada e relembrada.
Embora tantas pessoas em comum, o Bruno e a Elis foram se perceber pela primeira vez mais ou menos no ano de 2007 2008, no aeroporto de Francisco Beltrão, quando o Adolfo irmão do Bruno foi saltar de paraquedas. O Bruno lembra que logo que chegou no local, junto com seus amigos Adriano e Diego, alguém fez um comentário parecido com: “Nossa, quem é aquela loira junto com a Aline?” A Elis estava sentada numa mesinha com a amiga e mais algumas pessoas, e então o Bruno e seus amigos acabaram sentando com eles.
Depois que o Adolfo saltou, a galera resolveu sair junto para outro lugar, e, enquanto caminhavam para fora da pista, a Elis deixou cair algo no chão, talvez uma cuia de tereré e diz o Bruno que, como em uma cena típica de filme, ambos se abaixaram para pegar o objeto e ali aconteceu o primeiro olhar mais profundo sem saberem da linda história que construiriam pela frente. Depois desse dia se esbarraram mais algumas vezes em um carnaval, em algumas festas e aí o interesse um no outro já era algo real, a Elis já estava mais frequentemente nos pensamentos do Bruno e ela também se encarregou de mexer os pauzinhos para conseguir ficar com ele.
Formatura do Adolfo, 2009, a Elis disse que estava demorando demais para ser convidada e aí deu uma de esperta e foi perguntar ao formando se precisaria de Vans para levar seus convidados, já que o pai dela trabalhava com esse tipo de transportes. Pronto, o plano deu certo, o Adolfo fechou com as Vans e já aproveitou para entregar o convite pra Elis, e assim mesmo, bem planejado ela via sua chance de ficar com o Bruno naquela festa de formatura. E ele sequer sabia que ela estaria lá rsrs.
Mas aconteceu. Dia 7 de fevereiro de 2009, os dois ficaram pela primeira vez. Depois se viam mais frequentemente nas rodas de amigos e acabaram ficando novamente na Páscoa, a partir de então começaram a conversar por orkut e MSN.
O Bruno se fazia de durão, mas do nada começou a ir mais frequentemente para Beltrão, naquela época já morava em Cascavel, e quando falavam a respeito de irem a alguma festa nos dias em que ele estaria na cidade, ele soltava um: “Ah, quem sabe a gente se esbarra por lá”. Mas é óbvio que não só esbarravam, como ficavam, às vezes, no carro passando frio por horas, na maioria das vezes até amanhecer.
Nos fins de semana em que o Bruno não ia, os amigos ficavam de olho cuidando da Elis. Eles ainda não estavam namorando, mas a marcação já era cerrada em cima dela e acabou sendo a ficante exclusiva.

Quando chegou o feriado de junho, naquele ano, caiu no dia 11, véspera do dia dos namorados, teve a grande festa junina na cidade e a Elis sabia que o Bruno estaria. Então, como de costume, ele disse: “A gente se esbarra lá” mas ela deu um ultimato nele: “Dessa vez não! ou você vai me buscar e vamos juntos, ou eu vou sozinha e não vamos ficar!”
Ele rapidamente respondeu que iria com ela. Ali a Elis já pressentia que no dia seguinte, dia dos namorados, seria pedida em namoro.
Dito e feito, Até hoje o Bruno diz que só pediu pra namorar porque achou que ela ficaria chateada se ele não o fizesse, e a Elis fala que só aceitou porque achou que ele ia ficar chateado se ela dissesse não! Bem, só sei que lá se foram 14 anos! hehehehe
O namoro era bem tranquilo, os dois se curtiam muito, era algo leve, conversavam bastante pelo MSN. Bendita internet que diminuía um pouco a distância entre Cascavel e Beltrão. Sempre que podia, o Bruno estava lá e Elis algumas vezes vinha pra cá.
A Elis lembra com muito carinho que o Bruno sempre foi super atencioso, querido, carinhoso.
Em meio a estágios, TCC, trabalho, fim da faculdade da Elis, vem a surpresa: o Caetano decidiu que era seu momento de chegar a esse mundo, e tinha que ser com esse pai e essa mãe. Para a Elis foi um susto, normal quando algo sai diferente do planejado, mas o Bruno descreve o dia da notícia como um dos dias mais felizes de sua vida, e aqui eu peço licença para transcrever literalmente as palavras do Bruno, pois elas têm valor inestimável
“Foi um dos dias mais felizes da minha vida, realizar o sonho de ser pai. Nunca tive muitos sonhos, mas ser pai sempre mexeu comigo… Tentei dar o máximo de apoio e segurança pra ela naquele momento. A gravidez foi relativamente tranquila, poucos sustos, e o Caetano nasceu perfeitamente em 16 de maio de 2011, em Francisco Beltrão.
Participei do parto, filmando tudo, e foi o momento mais incrível da minha vida. Eu nunca mais seria o mesmo dali pra frente. Senti isso no instante em que segurei ele pela primeira vez no meu colo, e foi quando “a ficha caiu, eu era pai agora”.
Essa fase da história eu diria que foi uma das mais desafiadoras. Incertezas, descobertas, os desafios da convivência e de literalmente formar uma família mesmo sem se conhecer intimamente, essa intimidade veio com a convivência. Mas, apesar das dificuldades, lendo a história de vocês, vejo claramente o quanto essa parte os fez crescer, os uniu e, mais do que isso, gerou em vocês um senso de aliança profunda. A Elis sempre foi uma excelente mãe, cuidava do Caetano o dia todo, mas também teve suas dificuldades.
Moraram juntos dois anos em Cascavel e em determinado momento decidiram que poderia ser saudável para a Elis voltar a Beltrão, perto de seus familiares e amigos. Foi um tempo bem difícil para o Bruno, pois sentia muita falta da Elis e do Caetano, mas fielmente todos os finais de semana estava com eles.
E assim foram aprendendo, vivendo, tentando, errando e acertando. Depois de oito meses em Beltrão com o Caetano, a Elis resolveu voltar para Cascavel e o Bruno imediatamente disse que ela poderia arrumar as coisas que ele os buscaria no fim de semana, e nesse momento eu faço questão de dizer a você, Caetano, e a você, Bruno, exatamente o que a Elis disse: “O Caetano já tinha três anos. Passou por tudo isso comigo, me amando apesar de tudo. Eu dormia de mãos dadas com ele todos os dias. Ele foi meu porto seguro nisso tudo. E esse tempo foi muito importante pra eu perceber que ele foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. E, naquele dia, eu percebi que nenhum outro homem faria o que o Bruno fez por nós, por mim. Nenhum outro homem aceitaria aquela situação. Eu percebi que eu tinha do meu lado uma pessoa que realmente me amava e que me queria ao lado dele.”
Nesse retorno nasceu também a Dom Caetano, uma empresa que por dois anos exigiu muita dedicação e esforço do casal. Foi uma época muito feliz, os dois partilhavam de muito trabalho, mas também de muita parceria, cumplicidade e novas conexões. Com a vida se encaminhando, entenderam que era um bom momento para mais um filho, e sem muita demora o Felipe chegou para literalmente completar a família. O Caetano inclusive uma vez disse que quando ele tivesse cinco anos ele teria um irmão, e assim aconteceu. Ele ficou muito feliz, beijava, abraçava, cheirava, cuidava, dava banho, comida, brincava… E até hoje ele cuida do irmão.
O Bruno novamente participou do parto, e, dessa vez, assim que o Felipe nasceu, não desgrudou mais dele. Acompanhou durante a pesagem, até o berçário onde limparam e colocaram uma roupinha, e ali mesmo a enfermeira o entregou nos braços do Bruno, os dois foram para o quarto esperar a Elis. Ficaram ali sozinhos por quase duas horas. O Felipe não chorava, apenas olhavam um para o outro naquele momento só deles e, nas palavras do Bruno, esse foi o segundo momento mais incrível de sua vida.
A partir daí, família completa, muitos momentos especiais, e uma grande coleção de memórias incríveis vivida por vocês quatro até aqui. O carinho dos meninos com a mãe, as brincadeiras de vocês dois, os dias leves como quando ficavam no carro namorando por horas, viagens, mudanças, crescimento, amadurecimento e olhando para trás a certeza de que cada fase valeu a pena. Vocês construíram uma linda família.
Há um ano veio a surpresa que nos trouxe aqui hoje, O Bruno levou a Elis para jantar em comemoração aos 13 anos de namoro. Era uma noite fria. Eles foram em um restaurante especial e foi uma noite muito agradável. Relembraram momentos desses 13 anos juntos e em determinado momento entraram no assunto de casamento. Então, em tom de brincadeira, o Bruno perguntou para a Elis o que ela acharia deles se casarem. Ela disse que sempre foi um sonho, mas que não era prioridade. Neste momento, ele puxou do bolso um anel de noivado e a pediu em casamento. Ela caiu no choro e o abraçou forte, numa reação que o Bruno não esperava. Ali acontecia o terceiro momento mais incrível de sua vida.
A Elis diz que naquele instante sentiu que o Bruno tinha reconhecido a mulher que ela é, a mulher que se tornou, que é merecedora do amor de alguém especial como ele. Sentiu que não viveram tudo o que viveram em vão. Que ela tem alguém e que passaram por tudo isso juntos e merecem ter um dia pra vocês.
Esse é o dia, o dia de celebrar a história que vocês construíram, a família pela qual vocês lutaram e fizeram questão de dar certo e o relacionamento, hoje ganha apenas o título formal de casamento. Porque casados vocês estavam quando escolheram um ao outro.
As palavras da noiva
Hoje eu gostaria de dizer algumas palavras, desculpem, espero não demorar muito, é difícil ser sucinto quando se tem tanto sentimento e emoção para externar. Por isso eu anotei, pra não esquecer de nada.
Eu vou contar um pouco da nossa história pra vocês, muitos vocês já ouviram na celebração, muitos já conhecem, mas consigo contar nos dedos as pessoas aqui que realmente sabem a nossa história.
Quando eu vim morar em Cascavel eu me vi desesperada, porque éramos nós dois, e uma criança. Eu nunca vou esquecer que o Bruno fazia de tudo pra não faltar nada em casa, mas não tinha espaço financeiro para pedir uma pizza no fim de semana.
O Bruno saía pra trabalhar, me buscava pra almoçar na Intelitech, porque não tínhamos cozinha em casa, só fogão e pia da edícula, e não tinha como fazer comida.

Eu voltava pra casa, ele voltava a trabalhar e eu ficava com o Caetano e, à noite, fazia um miojo pra jantar ou um café. Os finais de semana tentávamos ir pra Beltrão pra matar a saudade, ter com quem conversar, e assim seguimos por alguns anos. Não tinha sofá, não tinha conforto, era tudo emprestado, doado, algumas poucas coisas novas ou compradas usadas…
O Leonardo e a Camila me trouxeram para Cascavel e deram mesa, cadeiras, meus pais fizeram a mudança, o pai do Heve (Heverton Zamprogna, cunhado) emprestou o furgão, um tio deu fogão, outro deu faqueiro, outro deu cômoda. Minha irmã emprestou berço, guarda-roupa, geladeira comprada em bazar, o Chico vendeu uma TV tubo pra nós por 50 reais, o guarda-roupas do Caetano era o que o Bruno ganhou pra morar na república.
O sogro deu um carro de presente pro Bruno, e isso foi o que nos salvou. Não imagino como seriam nossos dias sem essa ajuda.
Muitos dias eu voltava da casa do Osni com marmita de comida, pois eles sabiam que eu não tinha como fazer comida em casa. Voltava com panelada de legumes, mandioca, carne, arroz, feijão…
Depois que voltei de Beltrão, naquela fase mais complicada, eu voltei pior do que eu fui, e passei dias chorando. Chorava no banheiro, chorava no carro, chorava e só chorava e o Bruno me abraçava e dizia: “Vai passar.” Teve dias que eu não sabia se queria voltar pra casa. Estava com a Dom Caetano aberta, trabalhando, mas a mente estava muito longe. Muito perdida.
Morávamos em uma quitinete do lado da Intelitech, em três, e fomos nos afirmando e crescendo juntos. Depois mudamos pra um apartamento maior, mais uma vez sem sofá, sem muitos móveis, mais uma vez começando do zero.
Quando resolvemos ter o Felipe, ele já estava a caminho e fomos encomendar nossos móveis, arrumar nossa casa, porque queríamos receber bem nosso bebê. E foi tudo bem, deu tudo certo. Ficamos juntos e bem.
Começou uma pandemia e nos mudamos mais uma vez. Dessa vez para um apartamento dos sonhos, pra nós é uma conquista sem tamanho. Nossos meninos moram em um lugar privilegiado, abençoado, cheio de vida, de atividades, eles crescem cercados de amigos, bons vizinhos, segurança. Passamos pela doença e pelas crises e chegamos aqui.
Lembrar disso e comparar com agora, esse momento de hoje, saber que fomos capazes de chegar aqui. Eu fico muito orgulhosa de nós. Não foi sozinhos que chegamos aqui, sempre tivemos apoio, família, amigos, mas a maior parte desses 12 anos foi construída única e exclusivamente por nós três. E, depois, viramos quatro pra completar e chegar aqui!
Mas se não fossem muitos de vocês, com o pouco que tinham e podiam compartilhar, pra somar e fazer o nosso muito de todos os dias, talvez não teríamos conseguido! Não sei se estaríamos aqui hoje. Acho que o que vocês viram em nós, nós vimos um no outro e nunca pensamos em desistir.
Eu voltava de Beltrão cheia de caixas de comida e frutas e pães que meus pais davam, às vezes nem tinha onde guardar. Mas conseguimos passar dias com aquela ajuda. Hoje eles continuam nos dando várias coisas, querem que a gente volte de Beltrão carregados, e eu sempre falo que não. “Não precisa!”
Minha mãe fica chateada, mas não é porque eu não quero trazer, é porque agora eu não preciso mais, eu já posso comprar! Agora ela não precisa mais cuidar de mim!
E o Bruno passou oito meses viajando Cascavel-Beltrão, todos os finais de semana, pra ficar comigo e com o Caetano, porque eu estava lá, passando por um momento de pouca saúde mental (que já nem tenho muita), e eu não sabia se a gente ia continuar depois daquilo. Mas foi a melhor coisa que podia ter acontecido pra nós, porque eu pude ver o quanto ele amava estar comigo e com o Caetano e o que ele estava disposto a fazer por nós. Quando eu falei pra ele: “eu quero voltar” e ele disse: “arruma suas coisas que semana que vem eu vou buscar vocês!” Foi ali que nasceu a nossa família, não foi quando o Caetano nasceu, ou quando fomos morar juntos. Foi ali.
Só nós dois sabemos dessa parte e, por isso, é importante contar. Não existe um casamento perfeito, não existe uma família perfeita, só que o que é perfeito? Qual a definição de perfeito pra vocês? Pode ser diferente da minha definição de perfeito.
Muitos acham que somos perfeitos por termos um bom carro, uma boa casa, comermos bem… Poucos sabem o quanto isso nos custou, o quanto isso foi suado, o quanto lutamos.
Nossa vida é perfeita porque perfeito pra nós é ter vocês aqui hoje, ter amigos e familiares em um dia como hoje, reunidos, nos dando amor, nos mostrando que somos bons amigos, bons irmãos, bons filhos, bons sobrinhos… isso pra mim é perfeito!
O resto é tudo rotina, dia a dia, a vida acontecendo e faz parte dela ser um pouco rude conosco, pra ensinar a dar valor quando enxergarmos as coisas boas.
Pessoal, muito obrigada, não tenho mais como agradecer, como expressar tudo isso. Nós estamos na nossa melhor fase hoje e vocês fizeram nossa história acontecer, queremos que isso se mantenha por toda vida. Hoje nós estamos celebrando o que construímos.
As palavras do noivo
Minha eterna companheira Elis
Hoje celebramos não apenas o nosso amor, mas também a jornada incrível de 12 anos que construímos juntos. Nossa história é cheia de risos, lágrimas, desafios, aventuras e momentos que nos moldaram individualmente e como casal.
Nesses anos, você se tornou minha melhor amiga, minha confidente e a pessoa que eu sei que posso contar sempre. E agora, ao olharmos para nossos dois filhos maravilhosos, vejo como nosso amor se transformou em uma família unida, cheia de amor e respeito.
Eu amo a sua sinceridade, e o seu jeito firme de enfrentar as coisas. Eu amo as suas risadas incontroláveis de coisas que eu nem acho graça. Eu amo o quanto você é inteligente e criativa. Eu amo você ser linda, e como está mais linda ainda hoje.
Prometo continuar a ser o seu parceiro em todas as situações.
Prometo ser o pai amoroso e presente que nossos filhos merecem, e criar um lar repleto de amor, alegria e aprendizado.
Hoje, diante de nossa família e amigos, reafirmo o meu compromisso de te amar ainda mais. Mal posso esperar para continuar a construir nossa história, com nossos filhos ao nosso lado, em todos os momentos. Com todo o meu amor,
Bruno
As palavras dos amigos
Thiago Mafioletti
Acho que valem algumas lembranças e histórias. São tantas boas lembranças que nem sei por onde começar…
O Bruno, foi literalmente o meu primeiro amigo, embora a gente só saiba disso porque nossos pais contam, afinal a gente tinha meses de idade quando nos conhecemos. Depois, estudamos por vários anos juntos, embora a diversão mesmo era no campinho de futebol, ao lado da casa do Bruno.
Anos mais tarde, mesmo estudando em cidades diferentes e tendo somente o tempo das férias em Beltrão juntos, iniciamos uma parceria ótima para as festas beltronenses.
A Elis é uma das melhores amigas da minha irmã, desde a adolescência. Não obstante, sou amigo da Waleska também desde a adolescência. Por consequência, acabei virando irmão mais velho da Elis também. Tinha que acompanhar nas festas, ser chofer, dar conselhos, e também dar boas risadas.
Acabávamos sempre saindo com, alta frequência, juntos, desde acampamentos, Bar do Beto, aeroporto, tucuma, carnaval, Industrial, Sesc, etc. Pra uma boa parte dos eventos a história sempre começava com o Bruno e eu puxando um boné, colocando uma nota de 10 dentro e saindo fazer uma vaquinha pra comprar cerveja. Em algumas outras a gente inventava de fazer uma melancia atômica…
Em algum desses eventos, a Elis e o Bruno começaram a se conhecer melhor, e aí foi surgindo um romance (tá bom, na época eles estavam ficando)… Em pouco tempo já não existia mais Bruno sem Elis, e vice-versa. Mas a gente continuava sempre saindo juntos e criando ótimas memórias, do tipo ficar tentando “pescar o sol” no réveillon, ou tentar jogar o Diego na piscina no dia do casamento dele e quase acabar com o casamento.
Em 2011 recebi juntamente com a Aline um convite mais que especial, para ser padrinho do Caetano. A amizade que já era gigante, só se fortaleceu ainda mais.
De lá para cá, tanta coisa aconteceu, tanta coisa mudou. Mudanças de emprego, cidade, casas, mais um filho, e agora, embora eu esteja fisicamente mais longe do que nunca (Alemanha), saibam que o meu amor e amizade por vocês não mudou em nada.
Thiago e Dani
Aline Mafioletti:
Meus amados compadres, seguindo as histórias contadas pelo meu irmão Thiago, as quais eu e a Elis, cafés com leite, sempre estávamos juntas para ajudar ou atrapalhar, já que irmãs mais novas dão um pouquinho de serviço, não é?
A minha história com vocês começou no meu primeiro mês de vida. Dona Irma, mãe do Bruno, foi minha mãe de peito. Aí, Bruno, você já passou a ser meu irmão. Não teve escolhas…
Foram tempos de muitas brincadeiras e vocês, como irmãos mais velhos, sempre me cuidaram.
E aí chegou você, Elis. Meu Deus! A ligação foi tão intensa, que nem me pergunte o ano que te conheci, porque, pra mim, você sempre existiu. Tanto que também dividimos nossas mães!
Nossa amizade cresceu ainda mais no momento que você chegou lá em casa, com um choro preso na garganta, e tirou da sua mochila um teste de gravidez positivo. Perdemos o chão, mas estávamos juntas. O Caetano veio sendo só amor.
Não bastando, vocês dois chegaram o convite pra eu me tornar a dinda do Caetano! O que nos uniu ainda mais. Amo muito vocês
Aline
Mana Waleska:
Sempre quis ser exemplo pra ela, em todos os sentidos!
Temos uma diferença de idade razoável e durante muito tempo o ciúme bateu na porta, houve brigas, reclamações e discussões! Por muito tempo as amizades, os grupos e os lugares nunca foram os mesmos.
Mas o tempo passou e a adolescência também e eu continuava querendo ser exemplo pra ela. Queria que ela trilhasse uma adolescência legal e uma juventude melhor ainda, mas aprendi que eu não podia prendê-la. E muitas vezes eu passei raiva, mas consideravelmente o universo foi nos aproximando. Passamos a ter vários mesmos amigos, frequentar mesmos lugares e a aproximação foi fluindo sem muito esforço!
Quando tive a Milena, o amor nasceu novamente em todos os sentidos, nos aproximou como irmãs e fez nascer um sentimento de cumplicidade e dali pra frente melhores amigas!
Veio a Giordana (nossa irmã mais nova) e a Elis virou mãe pela segunda vez. Foi ali que eu vi que nascia uma mulher e que ela não era tão frágil como eu imaginava. Soltamos nas mãos dela e ela abraçou com amor a responsabilidade!
Logo depois veio o Bruno que já era meu amigo, e colega de escola (quase todas as escolas ahhahahahahha) e foi uma surpresa muito boa porque sempre compartilhamos histórias, lembranças e risadas, e logo veio o Caetano… ahhhhhhh, como eu queria pegar, apertar, beijar aquele menino (era nosso primeiro menino) mas ele só gritava. E ali ela foi mãe, mãezinha e mãezona. Eu não estava no dia do parto e fiquei muito sentida. E a vida deles foi mudando e crescendo como família.
Passamos por vários momentos difíceis e eles também, mas quando precisei de ajuda ela veio, ficou do meu lado, fizemos as coisas fluírem e quando eu precisei dela novamente ela estava do meu lado, e posso dizer que a vida nos fez crescer como irmãs e melhores amigas, que acredito que meu exemplo, que eu sempre quis dar, ela conseguiu compreender e aceitar com carinho, ela entendeu que não há distância e nem tempo mas sim um
amor verdadeiro que se construiu com o tempo e assim permanecerá!