São cinco dispositivos e a exigência de teste de colisão lateral para homologação. Luz automática para condução diurna, alerta de cinto afivelado, repetidores de seta, indicação de frenagem brusca.

Por Leandro Czerniaski – Desde o último dia 1º de janeiro, carros produzidos e vendidos no País precisam atender a novas regras, estabelecidas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Novos itens de segurança devem equipar os veículos, mesmo os modelos de entrada. A exigência para esses dispositivos foi estabelecida ainda no governo Michel Temer e deveria começar a valer em 2021, mas foi adiada devido à pandemia.
Entre os itens estão o repetidor lateral de seta, luz de rodagem diurna e controle de estabilidade, entre outros. Esses dispositivos vão equipar, de série, somente veículos pequenos. Para vans, ônibus e caminhões há prazos e itens diferentes, como controle de estabilidade a partir do ano que vem.
Maioria dos modelos já atendia
As novas exigências tornam os veículos mais seguros, mas encarecem o preço final. O consumidor não deve sentir tanto porque, no Brasil, a grande maioria dos modelos já conta com todos os dispositivos exigidos – somente algumas versões de entrada de populares estavam fora da regra. O gerente de vendas da Revesul/Volkswagen, Eduardo Lago, cita que toda a linha da marca já conta com os itens, em melhorias que foram sendo implementadas nos últimos anos. “De olho não só na legislação, mas para oferecer mais segurança aos clientes, tivemos reestilizações e lançamento que foram incorporando essas melhorias”, aponta Lago.
Conheça os novos dispositivos de série
Farol de condução diurna
Conhecido como DRL, o farol diurno é acionado de forma automática junto com a partida do veículo. Não precisa, necessariamente, ser em LED, podem ser lâmpadas convencionais.
Repetidores de seta
Os avisos de mudança de faixa ou conversão poderão estar nos paralamas ou retrovisores.
Controle de estabilidade
Conhecido pela sigla ESP ou ESC, o controle de estabilidade atua para usar os freios independente da vontade do motorista em situações que podem causar saídas de pista. O engenheiro mecânico Marcelo Da Corregio detalha o mecanismo. “Ele pode frear somente a roda dianteira esquerda em uma curva à esquerda sem o motorista operar o pedal. Isso joga o centro de gravidade do carro para dentro da curva, tentando neutralizar uma saída pela tangente, ou seja, minimiza se o veículo escapar em uma curva. Usa um acelerômetro para tomar a decisão. Nas saídas de curvas ou redução de marcha não vai permitir que as rodas girem em falso, provocando mantenimento da aderência na arrancada”, diz Marcelo.
Alerta de cinto afivelado
Indicador visual e sonoro “lembra” o motorista ou passageiro de colocar o cinto de segurança e atua de forma contínua até que o cinto seja afivelado. Pela regra do Contran, o item é obrigatório para o assento do condutor e opcional para o carona.
Indicação de frenagem brusca
Quando o motorista freia com força suficiente para exigir a atuação do ABS, os piscas do carro são acionados em forma de alerta, para avisar aos condutores próximos sobre redução de velocidade brusca.
Teste de impacto lateral
O teste de colisão lateral para homologação vai forçar a melhoria da estrutura dos veículos (como proteção em portas e colunas A e B) que não atingirem parâmetros mínimos para proteção dos ocupantes. “A colisão lateral é a pior para a cabeça dos ocupantes do veículo. A lateral do crânio não tem a mesma resistência estrutural mecânica que a parte da frente e a de trás”, relata Da Corregio.