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Francisco Beltrão
terça-feira, 01 de julho de 2025

Edição 8.236

01/07/2025

Palmito do Parque Nacional do Iguaçu é comercializado em Pato Branco

Palmito do Parque Nacional do Iguaçu é comercializado em Pato Branco

A prisão de Vanderlys Wons ocorrida no dia 10 de agosto, em Francisco Beltrão, revelou a extensão do esquema de industrialização e comercialização de palmito clandestino, retirado do Parque Nacional do Iguaçu. Ao ser detido pela Polícia Militar, Vanderlys, que estava em poder de grande quantidade de vidros e palmito in natura trazida de Capanema, delatou 4 pontos em Francisco Beltrão, uns apenas de revenda e outros de industrialização.
A Polícia Militar agiu rápido, foi aos locais e encontrou grande quantidade do produto, vidros para o envase, além de panelas e fogões utilizados no preparo do produto. O palmito apreendido foi condenado pela vigilância sanitária e destruído no aterro sanitário de Francisco Beltrão. Todos os acusados vão responder por crime ambiental e pagar pesadas multas. A cada quilo de palmito in natura apreendido, a legislação ambiental prevê multa de R$ 100,00 e a cada 3,3 vidros industrializado de forma clandestina, a multa também é de R$ 100,00.
Vanderlys Wons, que é de Capanema, delatou também pontos de venda em Pato Branco, onde o serviço reservado da PM está investigando para chegar aos possíveis revendedores. Mas é certo que o produto clandestino é vendido na cidade. A vigilância sanitária do Município fez a apreensão de mais de 40 vidros clandestinos de palmito em três restaurantes da cidade. De acordo com o chefe do serviço de vigilância em Pato Branco, Rodrigo Bertol, os proprietários dos estabelecimentos não revelam quem traz o produto. ?Contam a mesma história, de que alguém chega no restaurante, vende e vai embora, sem identificar-se?, explica Bertol. Todos foram notificados e, se houver reincidência, vão ser multados e podem ter o estabelecimento interditado.
Mas a principal preocupação dos técnicos da vigilância sanitária é com a saúde das pessoas que consomem palmito clandestino. Segundo Rodrigo Bertol, o produto industrializado sem os cuidados necessários, pode conter uma bactéria presente na terra e que, se ingerida, leva à morte. Tecnicamente trata-se do botulismo. ?A bactéria paralisa os músculos do aparelho respiratório. É fatal.?, conclui Bertol.

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