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Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Dolivar Lavarda será nome de ginásio

Dolivar Lavarda será nome de ginásio

 É praticamente impossível se reportar à história do futebol de salão em Pato Branco sem citar o nome de Dolivar Lavarda, falecido no dia 16 do mês passado. Sua vida esportiva teve início em 1964, no Esporte Clube Operário, onde jogou futebol de campo até 1967. Inúmeros foram os seus feitos no esporte pato-branquense, marcando época com as conquistas (entre outras) frente ao atual Atlético Fadep Sicredi.
Levando em consideração todas as vitórias que Lavarda trouxe à Pato Branco, os vereadores Clóvis Gresele e Laurinha Luiza Dall?Igna, da bancada do PP, apresentaram o Projeto de Lei nº 085/2004, que denomina o Ginásio Poliesportivo, integrante do Complexo Esportivo Frei Gonçalo, de Dolivar Lavarda. O projeto está sendo apreciado pelas cinco comissões permanentes da Câmara Municipal e deve ser votado no mês de outubro.
Para a vereadora Laurinha, é mais do que justo que o ginásio seja denominado com o nome de um pioneiro de Pato Branco. ?Lavarda fez a diferença na cidade porque foi muito ligado ao esporte. Foi presidente do Grêmio Pato-branquense e acreditou sempre no seu desenvolvimento. Quando ele começou, esquecia da vida particular para dedicar-se ao esporte. Então nada mais justo do que uma homenagem?.
Verificando o histórico de Lavarda, a vereadora observou que ele nasceu em 3 de março de 1946, em Nova Prata (RS), coincidentemente na mesma cidade natal de Laurinha, sendo os pais de ambos muito amigos. ?Ele era gaúcho de nascimento, mas um cidadão pato-branquense de coração?, diz.
 
Política mais efetiva – O filho de Lavarda, jogador Luiz Sérgio Lavarda (?Lavardinha?), 32, que joga futebol desde os 12 anos de idade, recebeu o projeto com entusiasmo e considera justa a homenagem, afirmando que o trabalho de seu pai vai continuar. Ele ressalta que o futsal só existe devido à luta de Lavarda, que ficou 30 anos à frente do esporte, dos quais 20 dedicados ao futsal. ?Todos os títulos conquistados por Pato Branco tiveram a participação de meu pai. Em compensação, nos anos em que ele não esteve à frente, o Pato não conquistou nada?. 
Apesar de receber com alegria a homenagem, Lavardinha chama a atenção para o fato de Pato Branco ser carente de uma política esportiva mais efetiva. Segundo ele, ninguém consegue colocar 1.500 pessoas dentro de um ginásio, tomando conta ainda da parte administrativa, como fazia Lavarda. ?Só dar o nome ao ginásio ainda é pouco. O que a nossa família mais gostaria é que o trabalho do meu pai junto ao esporte amador tivesse continuidade. Esperamos que o povo siga o exemplo dele e continue o esporte em Pato Branco?, observa.
Na visão do jogador, o esporte amador precisa ser revigorado na cidade. Isso seria possível através da elaboração de um projeto esportivo mais qualificado, envolvendo diversos setores da sociedade. Lavardinha aponta que a cidade possui hoje cerca de 28 ginásios ? praticamente um em cada bairro ? e que estrutura existe e talentos também, o problema é a falta de investimento no setor.
?A Fundação de Esportes deveria ter mais autonomia para trabalhar. Lavarda sempre sonhou em transformar o esporte amador num agente de inclusão social, envolvendo os jovens dos bairros. Ele nunca pediu dinheiro para a Prefeitura para pôr o esporte em prática?, conclui Lavardinha.


Um pouco de sua história – Filho de Primo Lavarda e Genoveva Felicita Mezzomo Lavarda, foi casado durante 37 anos com Terezinha Maria e teve dois filhos: Luiz Sérgio e Márcia e dois netos – Agatha e Jean-Luc. Em 1965 formou-se contador no Colégio Estadual de Pato Branco. Até o ano de 1969 trabalhou como auxiliar no Escritório Pinheiro de Contabilidade, fundando em seguida o Escritório Correa e Lavarda.
Em 1974 formou-se em Ciências Econômicas na Fundação de Estudos Sociais do Paraná, em Curitiba. Entre suas atividades profissionais podem ser citadas ainda, entre os anos de 1995 e 2004, a atuação como sócio e diretor administrativo da Palmali Industrial de Alimentos Ltda. De 1971 a 1994 foi delegado do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná. De 1976 a 1988 foi professor em instituições de ensino como Faculdade de Ciências Contábeis e Administração (Facicon) e Fundação de Ensino Superior de Pato Branco (Funesp). Atuou como perito do Juízo em processos da Comarca de Pato Branco por vários anos.


Vida esportiva – Como atleta, Lavarda atuou no Palmeiras Esporte Clube, na modalidade futebol de campo, nos anos de 1970 a 1972. De 1964 a 1972 atuou no JORUA ? Jovens da Rua Aimoré, futebol de salão. Durante 20 anos (de 1973 a 1993) fez parte da turma de sexta-feira de futebol suíço, no Grêmio Industrial Pato-branquense.
Dos anos de 1965 a 1976, foi diretor do Clube Operário. De 1974 a 1978 diretor social do Grêmio Esportivo Pato-branquense, sendo um dos sócios fundadores. Entre os anos de 1978 a 1982, Lavarda assumiu a presidência do Grêmio Industrial Pato-branquense, permanecendo no cargo até 1989. 
Títulos conquistados – Diversos foram os títulos conquistados por Lavarda durante o tempo em que se dedicou ao esporte. Pelo Grêmio foi campeão paranaense em 1990, sendo tetra-campeão da Taça Tarobá, em 1982, 1989, 1990 e 1991. Já pelo Atlético Pato-branquense, conquistou o tri-campeonato dos Jogos Abertos de 1993, 1997 e 2003 ? chave ouro. Bi-campeão dos Jogos Abertos Brasileiros, 1997 e 2004 ? chave ouro, campeão da Taça Prata, em 2002 e campeão dos Jogos Abertos no mesmo ano, chave prata.

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