
Ontem pela manhã, o presidente da Câmara de Vereadores de Francisco Beltrão, Ivanir Tupy Prolo (PP), concedeu entrevista coletiva para falar sobre a decisão de afastar o vereador Rodrigo Inhoatto (MDB), que está detido — num caso que corre em segredo de justiça. No âmbito do legislativo, a questão será analisada pelo Conselho de Ética.
Ainda pela manhã, Tupy emitiu uma nota oficial. Um trecho: “Vale ressaltar que a Câmara Municipal de Vereadores de Francisco Beltrão, até o momento, não foi citada ou recebeu qualquer tipo de documento sobre a investigação em curso, além de que, o processo corre em segredo de justiça. Cita-se, no entanto, que a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete do vereador no dia 28 de junho. Além disso, situação de restrição de liberdade impossibilita o comparecimento às sessões e o exercício das atividades e funções parlamentares”.
Conselho de Ética
O Conselho de Ética da Câmara é formado pelos vereadores Oberdan Saretta (PSDB), Pedro Tufão Filho (PP) e Júnior Nesi (PSDB). Oberdan não fará parte dessa análise porque anteriormente fez pronunciamento sobre o caso. Um dos suplentes do conselho preencherá a vaga do vereador Oberdan.
A defesa do vereador afastado se pronunciou e disse que é ilegal essa iniciativa da Câmara. E vai então recorrer dessa decisão. A Câmara pode trabalhar até 120 dias sem obrigatoriamente chamar o suplente. Ou seja: até novembro.
Votação adiada
A votação do projeto que estabelecia os salários dos vereadores, secretários, vice-prefeito e prefeito da próxima legislatura foi retirada de pauta ontem na Câmara de Beltrão. E o plenário estava lotado. Como os vereadores entram em recesso, talvez seja convocada uma sessão extra para essa votação salarial.