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Francisco Beltrão
terça-feira, 01 de julho de 2025

Edição 8.236

01/07/2025

Ele vai te fazer de bobo e você vai adorar

Netflix/divulgação.

Por Murilo Fabris – Confesso que adoro reviravoltas em filmes e séries. Me refiro àquelas produções que fazem o telespectador de bobo, que brincam com sua perspectiva a ponto de deixar o queixo caído. Há certa graça em achar que estamos sempre no caminho certo ― ledo engano. Fratura, da Netflix, usa isso ao seu favor melhor do que ninguém.

Eis a premissa: Ray e a família decidem viajar no feriado de Ação de Graças. Durante o percurso, porém, um pequeno acidente acontece e eles são obrigados a se dirigir ao hospital. Enquanto sua esposa e a filha descem para uma ressonância magnética, ele, exausto, desmaia em uma cadeira no saguão. Ao acordar, Ray descobre que eles não possuem nenhum registro no hospital, como se nunca tivessem passado por lá. E o pior: sua família, misteriosamente, sumiu.

Confesso que achei tudo muito óbvio no início, até um pouco lento pro gênero. Fratura me parecia aquele filme que se disfarça de engenhoso e revelador, mas que não engana ninguém. Que felicidade estar errado!  Nas 1h40 de duração, tudo é sugestivo. Sem saber em quem confiar, o telespectador e o protagonista estão na mesma situação. Depois que engata, lá pelos seus 30 minutos, o filme de Brad Anderson se transforma por completo. Talvez essa tenha sido a tática do diretor para combinar com o enredo tão perspicaz.

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Apesar das constantes reviravoltas e do trocadilho sem graça, não há dores de cabeça nem confusões para quem assiste. Fratura é um daqueles filmes que só acaba quando termina.

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